quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Deputados acusaram Eduardo Paes de obrigar funerárias a sepultar criminosos da ação policial


Os deputados estaduais Filippe Poubel (PL) e Rodrigo Amorim (União Brasil) criticaram nesta quarta-feira (5) o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), por supostamente obrigar funerárias e cemitérios particulares a arcarem com os custos dos enterros das vítimas da megaoperação policial que deixou 121 mortos no dia 28 de outubro, entre eles quatro policiais.


As declarações foram feitas durante sessão plenária na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e gerou reação do líder do PSD, Luiz Paulo. Poubel afirmou ter recebido um e-mail da Coordenadoria-Geral de Controle de Cemitérios e Serviços Funerários da Prefeitura, que, segundo ele, determinaria a distribuição de gratuidades funerárias entre as agências e cemitérios do município após a operação policial.

O deputado chamou a medida de “benefício a criminosos” e disse que a prefeitura estaria privilegiando mortos envolvidos com o tráfico. Amorim reforçou as críticas e acusou o prefeito de agir “em prol do crime organizado”, afirmando que as gratuidades concedidas representariam “benesses custeadas pelo contribuinte”. O parlamentar também fez ataques políticos, associando o prefeito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao governo federal.

O discurso do deputado encerrou uma sessão marcada por trocas de acusações e tensionamento político entre governistas e a oposição.