A aliança entre Caio Vianna (PSD) e Wladimir Garotinho (PP) já não é tão sólida. Exibe fissuras típicas da tensão pré-eleitoral de 2026. Ao tomar conhecimento, pela Agenda do Poder, da decisão do deputado de tentar a reeleição com o apoio ostensivo de Eduardo Paes, o prefeito campista reagiu, afirmando que o conterrâneo só terá seu apoio se mudar de planos e disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Incisivo, Wladimir declarou que a estratégia de seu grupo político para as próximas eleições contempla duas candidaturas a deputado estadual – as de Bruno Dauaire e, possivelmente, de Caio – e uma a deputado federal, a ser ocupada por ele próprio ou pela esposa, Tassiana Oliveira, a depender do quadro final de composições para 2026.
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Não há compromisso com a reeleição, diz Wladimir
“Não assumi qualquer compromisso com ele em relação à reeleição. Lá atrás, quando nos aproximamos, disse apenas que iria ajudá-lo a conquistar um mandato”, afirmou Wladimir, negando peremptoriamente o acordo de apoio à reeleição alegado por Caio.
Não é o que garante o parlamentar, ao retrucar o prefeito:
“Óbvio que o acordo foi esse, quando resolvi não me candidatar para apoiá-lo. Estou absolutamente surpreso com essa posição dele. Até hoje, em nenhum momento, ele conversou comigo francamente sobre isso.”
“A esta altura, não tem volta atrás”, reage Caio Vianna
“A esta altura, não há mais volta atrás”, concluiu.
O projeto político do grupo de Wladimir pode, no entanto, sofrer interferências dentro da própria família. O pai, ex-governador Anthony Garotinho, estuda disputar uma vaga ao Senado ou à Câmara Federal. A eventual candidatura de Garotinho inviabilizaria outro nome da família para o mesmo cargo.
