segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Professora é presa suspeita de maus-tratos a crianças em creche municipal de Cabo Frio


Na sexta-feira (10/10), dentro de uma escola em Cabo Frio (RJ), uma professora foi flagrada agredindo dois alunos de aproximadamente 3 anos de idade. Cenas registradas por câmeras mostram a mulher empurrando um menino, golpeando-o com uma toalha, e puxando os cabelos de uma menina.

A denúncia partiu de agentes municipais que entregaram os vídeos à 126ª Delegacia de Polícia. Nesta segunda-feira (13/10), a Polícia Civil localizou e prendeu a suspeita em sua residência. Ela foi autuada em flagrante por maus-tratos.


A prisão reacende debates urgentes sobre a necessidade de vigilância, apoio psicossocial e protocolos rígidos de proteção na educação infantil. É fundamental que as escolas assegurem ambientes seguros e que surjam mecanismos eficazes de denúncia e investigação.

“Minha filha tem 3 anos e, até então, eu nunca tinha tido problema com essa professora. Mas há uns dois meses, ela começou a chorar para ir para a escola e dizia que não queria ir se fosse com ela. Chegava a pedir por outra tia. Depois que colocou trancinhas no cabelo, voltou dizendo que a professora falou que ela estava horrível e que iria tirar as trancinhas dela”, contou Larissa Linhares, mãe de uma aluna da turma.


Outra mãe, Karynne Cruz, também notou uma mudança no comportamento do filho, de 4 anos.

“Ele chorava muito para ir para a escola. Dizia que a professora brigava, mas eu achava que era birra. A professora dizia que não fazia nada, só colocava ele no cantinho do pensamento, e eu acreditei. Quando recebi a notícia, meu mundo desabou. Eu estou sem chão. A prisão dela não me conforta. Não sei mais em quem confiar.”

A Secretaria de Educação informou que, assim que tomou conhecimento do caso, acionou a Polícia Civil, que foi até a unidade e confirmou os maus-tratos por meio dos vídeos.

A professora foi levada para a delegacia da cidade, autuada em flagrante e transferida para o sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça. O inquérito segue em sigilo.

A investigação ainda apura se houve mais vítimas ou episódios semelhantes no local.