segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Atrativos do Natal de Petrópolis começam em novembro


Faltando pouco menos de dois meses para o Natal, Petrópolis já se prepara para uma das datas mais importantes do calendário festivo da cidade. O primeiro atrativo a abrir é o Vale Encantado, programado para o dia 14 de novembro, em um casarão histórico em frente ao Palácio de Cristal. A principal novidade deste ano é a Fauna Iluminada, com esculturas de até dois metros representando animais brasileiros como arara, tucano, onça-pintada e mico-leão-dourado, integradas a cenários como o Ártico Encantado, Jardim de Luz, Túnel de Luz Arco-Íris, Casa dos Desejos e Floresta Encantada.


O evento contará com mais de 650 mil microlâmpadas, 550 metros de lonas cenográficas e 50 objetos de grande porte. Entre os personagens, além do anfitrião Petrus, chegam as fadas Flora e Bele Polaris, que guiam o público pelo percurso. A edição de 2025 também estreia a Árvore da Vida, estrutura iluminada que marca o ponto alto do circuito, e mantém a Vila Natalina, com gastronomia, artesanato e bombonieres.

Enquanto isso, a Prefeitura prepara o Natal Imperial, programação oficial da cidade, que vai de 28 de novembro a janeiro de 2026. A empresa responsável pela produção, decoração e estrutura foi contratada por R$ 150 mil. Detalhes da programação ainda não foram divulgados.


Flávio Bolsonaro faz vaquinha para famílias de policiais mortos e bate meta


O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) divulgou na manhã deste domingo (2) uma vaquinha em prol dos familiares dos policiais mortos na megaoperação do Rio de Janeiro da última terça-feira (28). Em poucas horas, a meta de R$ 400 mil foi ultrapassada.

Na noite deste domingo (2), o senador anunciou que a vaquinha foi encerrada e agradeceu a todos que colaboraram.


– Vaquinha encerrada! Em apenas 7 horas, alcançamos o alvo: R$ 400 mil para as famílias de nossos quatro Heróis tombados no RJ. Agora vou entrar em contato com as famílias e prestarei contas a todos aqui em breve – escreveu nas redes sociais.

– Muito obrigado e parabéns a todos pela demonstração de solidariedade e unidade!

O valor total arrecadado foi de R$ 486.509,64.


Os quatro policiais mortos estão entre as 121 pessoas mortas na megaoperação. São eles: os sargentos do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca e os policiais civis Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral.

– Eles perderam a vida lutando por nós. Agora, é hora de lutarmos por suas famílias – declarou Flávio quando havia anunciado a arrecadação.


Aprovação de Cláudio Castro sobe após megaoperação e atinge 53%, diz pesquisa Quaest


A megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos e se tornou a mais letal da história do país, provocou um salto na popularidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada neste sábado (2), a aprovação à sua gestão subiu de 43% em agosto para 53%, um aumento de dez pontos percentuais.

Apesar da alta expressiva, a desaprovação se manteve estável, oscilando de 41% para 40%. Já o grupo dos que não souberam avaliar ou preferiram não responder caiu de 16% para 7%. O levantamento ouviu 1.500 pessoas entre os dias 30 e 31 de outubro, em 40 municípios fluminenses, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

O crescimento foi mais acentuado entre os moradores da capital, onde a aprovação ao governo saltou de 32% para 47%. Na Baixada Fluminense, o índice chegou a 63%, consolidando a região como o principal reduto de apoio ao governador.


Efeito político e reação ao governo federal

O cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, avalia que a operação teve impacto direto na imagem de Castro e reforçou a percepção de que ele “enfrenta o problema da criminalidade”.

— Há uma postura positiva do governador, na visão das pessoas, de enfrentar o problema, tanto que Cláudio Castro passa a ser aprovado em quase todos os segmentos da sociedade — disse Nunes.

A análise é compartilhada por aliados do governador e pela cúpula do PL, que enxergam na operação uma vitrine política para 2026. Segundo dirigentes da legenda, a condução das ações na área de segurança pública fortaleceu o nome de Castro para uma eventual candidatura ao Senado e ampliou sua projeção nacional, sobretudo entre eleitores de direita.

O levantamento também revelou uma piora, ainda que dentro da margem de erro, na percepção sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A desaprovação ao governo federal passou de 62% para 64%, enquanto a aprovação caiu de 37% para 34%.


Segurança pública impulsiona imagem do governador

A melhora mais evidente na avaliação do governo estadual ocorreu justamente na área de segurança pública, epicentro da crise e da operação. O índice de fluminenses que consideram positiva a atuação de Castro nesse setor subiu de 22% em agosto para 39%. Já a avaliação negativa caiu de 45% para 34%, e os que classificam a gestão como regular passaram de 33% para 27%.

O cenário se inverte quando o foco é o governo federal. Para 60% dos entrevistados, a atuação de Lula na segurança pública é ruim ou péssima; 22% consideram regular e apenas 18% avaliam como boa ou ótima.

A diferença reforça a estratégia política do governador, que tem cobrado publicamente mais apoio da União no combate ao crime organizado.


Falta de cooperação e debate sobre a GLO

O discurso de Castro sobre a ausência de cooperação federal também aparece refletido na pesquisa. Para 53% dos entrevistados, o governo Lula “não tem ajudado” os estados no combate à violência. Outros 24% avaliam que há “pouca ajuda”, 14% acreditam que o apoio é efetivo e 9% não souberam responder.

Em meio à repercussão da operação, o governo federal tenta reagir com a tramitação do chamado “Projeto Antifacção”, que endurece as penas contra integrantes de organizações criminosas. A proposta foi enviada à Câmara dos Deputados três dias após a incursão policial nos morros do Rio.

Durante visita ao estado, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, negou que o governador tenha pedido uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e afirmou que Castro foi “enfático” ao dizer que não busca o uso das Forças Armadas.

O tema, porém, segue em debate entre a população. De acordo com a pesquisa, 59% dos fluminenses defendem que o governo Lula adote uma nova GLO, como a de 2018, enquanto 38% se posicionam contra e 3% não souberam responder.

Cenário pós-operação e capital político

A Genial/Quaest aponta que a operação, embora marcada por controvérsia e recorde de mortes, consolidou a imagem de Cláudio Castro como um gestor que “assume o enfrentamento” da criminalidade. O resultado reforça o protagonismo da segurança pública no debate político do Rio e a percepção de que o governo estadual saiu fortalecido após a ação.

Para analistas, o salto de dez pontos percentuais pode marcar uma virada na trajetória do governador, que vinha enfrentando índices de aprovação moderados e críticas à condução de políticas sociais e econômicas. A operação, embora questionada por organismos de direitos humanos, trouxe ganhos concretos à sua popularidade — especialmente entre eleitores da direita e da classe média urbana.



Lei que cria programa municipal de controle e identificação de animais é sancionada em Petrópolis


A lei de autoria da vereadora Gilda Beatriz (PP), que estabelece as políticas públicas para o controle populacional, identificação e registro de cães e gatos em Petrópolis, foi sancionada no dia 24 de outubro pelo prefeito Hingo Hammes (PP). A nova legislação tem como objetivo garantir o bemestar animal, promover a saúde pública e combater o abandono de animais, por meio de ações de castração, microchipagem, educação e conscientização.

De acordo com o texto, os principais pontos da proposta incluem: a criação de um programa municipal gratuito de castração e identificação eletrônica (microchipagem); a implantação de um cadastro de protetores e cuidadores de animais comunitários; e a realização de campanhas educativas voltadas à prevenção de zoonoses, combate ao abandono e incentivo à posse responsável.


A lei também veda o extermínio de cães e gatos como forma de controle populacional, priorizando políticas humanitárias e sustentáveis.

“Cuidar dos animais é também cuidar da saúde e do meio ambiente. O controle populacional humanitário é fundamental para reduzir o abandono e promover o bem-estar de toda a comunidade. Este projeto é um passo importante para uma Petrópolis mais consciente, solidária e comprometida com a vida”, destacou a vereadora.

O texto ainda autoriza o Município a firmar parcerias com clínicas veterinárias, universidades e entidades da sociedade civil, além de utilizar Unidades Móveis de Esterilização (UMEEs) para ampliar o acesso da população aos serviços de castração.

A proposta também contempla ações intersetoriais de assistência social e saúde para atendimento de pessoas com síndrome de acumulação de animais, e determina que animais sejam incluídos em planos de resgate em situações de calamidade pública.


O projeto é fruto de um trabalho coletivo e técnico do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (COMUPA), do qual a vereadora faz parte, ao lado de protetores independentes, especialistas, instituições e representantes do poder público. O conselho também será ouvido na formulação e fiscalização das políticas públicas de bem-estar animal.

“O COMUPA vem desempenhando um papel essencial na construção de políticas públicas responsáveis e eficazes. Essa proposta reflete o esforço conjunto de todos que dedicam seu tempo e amor à causa animal”, completou Gilda Beatriz.

Microchipagem e identificação de animais

A nova lei institui o cadastramento obrigatório de cães e gatos por meio de microchipagem. A Prefeitura será responsável por disponibilizar o sistema de identificação eletrônica e manter um banco de dados unificado com as informações dos animais registrados, garantindo maior controle e segurança.

O microchip deverá conter informações detalhadas sobre o animal, como nome, espécie, raça e idade aproximada. Além dos dados do tutor, incluindo nome completo, CPF e endereço atualizado.

Qualquer alteração, como o óbito do animal ou mudança de tutor, deverá ser comunicada ao cadastro municipal.

A microchipagem será custeada pelo Poder Público nos casos de animais castrados pelo programa municipal, aqueles sob responsabilidade de tutores em situação de vulnerabilidade social e animais comunitários atendidos por cuidadores devidamente cadastrados.


domingo, 2 de novembro de 2025

Petrópolis define empresa organizadora do Natal Imperial para os próximos dois anos


A organização do Natal Imperial de Petrópolis, um dos principais eventos do calendário turístico da cidade, já está definida para as edições de 2025 e 2026. A Companhia de Promoções e Eventos K S Ltda, sediada em Copacabana, no Rio de Janeiro, venceu o pregão eletrônico com proposta final de R$ 150 mil e será responsável pela produção da programação cultural, pela decoração e pela estrutura do evento.


De acordo com o contrato, caberá à empresa realizar a captação de patrocínios e aplicar os recursos obtidos na execução das atividades, sob a supervisão do Instituto Municipal de Cultura (IMC). A K S Ltda já é conhecida do público petropolitano: foi responsável pelo Natal Imperial e pela Bauernfest em 2017.

A edição de 2025 está programada para ocorrer entre 28 de novembro e 4 de janeiro de 2026, enquanto o Natal Imperial de 2026 deve acontecer de 27 de novembro de 2026 a 3 de janeiro de 2027.


Desaprovação ao governo Lula no Rio sobe para 64% após megaoperação, aponta Quaest


A megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos e se tornou a mais letal da história do país, teve reflexos diretos na percepção dos fluminenses sobre o governo federal. De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada neste sábado (2), a desaprovação à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 64%, enquanto a aprovação caiu para 34%. Em agosto, os índices eram de 62% e 37%, respectivamente.

Embora a variação esteja dentro da margem de erro de três pontos percentuais, o levantamento indica um desgaste crescente da imagem do governo federal entre os eleitores do Rio, impulsionado pela crise na segurança pública e pela cobrança de maior participação da União nas ações contra o crime organizado.


O estudo, realizado entre os dias 30 e 31 de outubro, ouviu 1.500 pessoas em 40 municípios fluminenses e tem nível de confiança de 95%.

Percepção de omissão federal

O levantamento mostra que 53% dos entrevistados acreditam que o governo federal “não tem ajudado” os estados no combate à violência. Outros 24% enxergam “pouca ajuda”, 14% avaliam que há “colaboração efetiva” e 9% não souberam responder. O dado reforça o discurso do governador Cláudio Castro (PL), que vem criticando a ausência de apoio da União — especialmente após o governo federal negar o uso de blindados da Marinha durante a operação.

A avaliação negativa do governo Lula é ainda mais acentuada quando o foco é a segurança pública. Para 60% dos fluminenses, a atuação do Planalto na área é ruim ou péssima; 22% consideram regular, e apenas 18% classificam como boa ou ótima.


Castro capitaliza discurso de enfrentamento

Enquanto o governo federal enfrenta críticas, Cláudio Castro viu sua aprovação subir dez pontos após a operação, passando de 43% em agosto para 53%. O resultado confirma a leitura de analistas políticos de que a ofensiva policial serviu como vitrine para o governador, que vem reforçando a narrativa de “enfrentamento direto” às facções criminosas.

O cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, avalia que a operação, embora controversa, teve efeito político imediato.

— Há uma postura positiva do governador, na visão das pessoas, de enfrentar o problema, tanto que Cláudio Castro passa a ser aprovado em quase todos os segmentos da sociedade — disse Nunes.

Nos bastidores, o PL interpreta o aumento da popularidade de Castro como um sinal de força para 2026, quando o governador deve disputar uma vaga no Senado. O partido acredita que o tema da segurança pública continuará sendo o principal diferencial entre o discurso da direita e o da esquerda no estado.

Projeto Antifacção tenta reagir à crise

Em resposta ao desgaste e às cobranças por medidas concretas, o governo federal enviou à Câmara dos Deputados, na sexta-feira seguinte à operação, o chamado “Projeto Antifacção”, que endurece as penas para crimes ligados a organizações criminosas. O texto é uma tentativa de reposicionar o governo no debate sobre segurança pública e conter o avanço político de lideranças estaduais conservadoras.

Durante visita ao Rio na quinta-feira, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, buscou minimizar o atrito com o governador e afirmou que Castro foi “enfático” ao dizer que não pretende solicitar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A medida, no entanto, é defendida pela maioria da população: 59% dos entrevistados disseram ser favoráveis à adoção de uma nova GLO, como a que ocorreu em 2018; 38% são contra, e 3% não souberam responder.

Clima de desconfiança e desafio político

Os resultados da pesquisa indicam que a segurança pública segue como ponto sensível para o governo federal no Rio, um dos maiores colégios eleitorais do país. O sentimento majoritário é de que o Estado perdeu o controle sobre a violência — percepção que, segundo os analistas, impacta diretamente a imagem do presidente.

Para Felipe Nunes, o quadro revela um desafio político para o Planalto. “A população reconhece que o Estado não está preparado, enquanto os criminosos são profissionais, organizados, têm estrutura. Isso mostra que o poder público perdeu vantagem e que a confiança no governo federal para reverter esse cenário é baixa”, afirmou.

Com o aumento da desaprovação e a cobrança por resultados práticos, o governo Lula tenta acelerar a tramitação do pacote de segurança no Congresso e reforçar o diálogo com os governadores. Ainda assim, a pesquisa aponta que, entre os fluminenses, a percepção de distanciamento entre Brasília e a realidade das comunidades permanece elevada.




Alerj realiza um minuto de silêncio em homenagem a Policiais vitimados na Operação no Complexo do Alemão


A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou um minuto de silêncio, durante a sessão plenária desta quarta-feira (29/10), em homenagem aos quatro policiais mortos durante a Operação Contenção, realizada na Penha e no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, na última terça-feira (28/10). Além disso, os deputados vão propor projeto para condecorar os agentes vitimados com a Medalha Tiradentes post mortem, maior honraria concedida pelo Parlamento.

Os policiais são Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da Polícia Civil; e Cleiton Serafim Gonçalves, de 40 anos, e Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar. O presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar (União), se solidarizou com as famílias dos agentes e os inocentes feridos durante a ação.

"Que ironia do destino: quatro policiais, servidores públicos, perderam a vida no Dia do Servidor Público. Em nome da Assembleia, lamentamos profundamente pelas vítimas que nada tinham a ver com a operação e acabaram atingidas, e prestamos toda a nossa solidariedade, como uma senhora que estava na academia e um homem em situação de rua. Fica a nossa homenagem, com enorme respeito aos familiares dos agentes de segurança", lamentou Bacellar.


Deputados repercutem ação policial

Durante a sessão, os parlamentares comentaram sobre a operação. Autor da iniciativa de homenagear os policiais mortos com a Medalha Tiradentes, o deputado Marcelo Dino (União), que é policial militar, prestou solidariedade às famílias das vítimas. "Quatro homens saíram de suas casas, deixando quem tanto os ama, para proteger nossa sociedade. Estarei aqui sempre defendendo nossos policiais, que dão suas vidas para salvar aqueles que nem conhecem", afirmou.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, a deputada Dani Monteiro (Psol) disse que o colegiado segue acompanhando os desdobramentos da operação e afirmou que a presença do crime organizado nas favelas se dá pela ausência do Estado nas localidades mais vulneráveis. "Sou filha da favela, sei o que é a realidade do tráfico e das organizações criminosas e sei do terror que elas podem causar. Os Direitos Humanos defendem a vida de todo mundo e lamentamos pela morte dos policiais durante a operação", comentou.


O líder do governo na Alerj, deputado Rodrigo Amorim (União), elogiou a operação, cobrou maior eficiência no combate à entrada de armas e drogas pelas fronteiras do país e demonstrou preocupação com os moradores das regiões onde ficaram concentrados os confrontos. "Ontem foi um dia emblemático para a história policial do nosso Estado. Desde já faço aqui minha reverência e cumprimentos ao governador, aos secretários, mas, sobretudo, ao policial que estava na linha de frente", destacou.

Por sua vez, o deputado Luiz Paulo (PSD) cobrou que haja maior integração entre as diferentes esferas do poder no combate ao crime organizado. "É necessário se adotar, na verdade, a integração total entre o Estado, os municípios e a União, porque o crime organizado, o PCC, o Comando Vermelho, não estão só no Estado do Rio de Janeiro, estão no Brasil como um todo. São organizações transnacionais", pontuou.



Operação Contenção

Números divulgados pelo Governo do Estado mostram que a Operação Contenção
resultou em mais de 120 suspeitos mortos nos confrontos com os policiais, na prisão de 113 criminosos, sendo 33 de outros estados, além da apreensão de 91 fuzis nos complexos do Alemão e da Penha. Segundo as forças de segurança, a ação teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes da facção criminosa Comando Vermelho.

sábado, 1 de novembro de 2025

Público puxa coro contra Lula em show do Guns N’ Roses em Cuiabá


Parte do público que estava na Arena Pantanal, Cuiabá (MT), nesta sexta-feira (31) gritou palavras de ordem contra o presidente Lula (PT), enquanto aguardava pelo show da banda Guns N’ Roses.

O estádio estava lotado com mais de 40 mil pessoas quando o coro contra o petista começou a ecoar dizendo: “Eu, Lula, vai tomar no c*”.


Parte dos presentes vaiou aos protestos, como mostram os vídeos compartilhados nas redes sociais.

A reação do público exemplifica o levantamento da Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (28), onde 49,2% da população brasileira desaprova a gestão petista e 47,9% aprova. Apesar de ser o maior número de aprovação, o governo ainda não tem maioria do apoio.

Garotinho desmente Benedita e diz que foi ele quem prendeu Fernandinho Beira-Mar


O ex-governador Anthony Garotinho publicou nesta sexta-feira (31) um vídeo em que contesta uma declaração feita pela deputada federal e ex-governadora Benedita da Silva (PT). Em outro vídeo, Benedita afirmou que havia sido responsável pela prisão do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, durante o período em que esteve à frente do governo estadual, em 2002.

Garotinho, que deixou o cargo em 1º de abril daquele ano para concorrer à Presidência da República, rebateu a versão e afirmou que a prisão ocorreu um ano antes, sob seu comando.


“Benedita, você sabe que quem prendeu o Fernandinho Beira-Mar fui eu, no ano de 2001. Aliás, não foi só ele. Foi toda a cúpula do Comando Vermelho no Estado do Rio de Janeiro”, disse.


Acusações e críticas à gestão de Benedita

Em tom incisivo, o ex-governador afirmou que a única decisão de Benedita relacionada ao caso teria sido a transferência do traficante de um presídio federal para o Complexo de Bangu, o que, segundo ele, teria desencadeado um dos episódios mais violentos da história prisional do estado.

“O que você fez, que criou um grande problema no Rio de Janeiro, foi transferir o Fernandinho Beira-Mar para Bangu. Ele tomou o presídio, abriu as celas e aconteceu a maior morte de criminosos, policiais e penais da história do Rio”, declarou.


Garotinho lembrou ainda que, após assumir o controle interno do presídio, Beira-Mar teria ordenado uma série de ataques, incluindo incêndios de ônibus e assassinatos.

“Ele cortou a cabeça do Uê e fez embaixadinha. Mandou queimar mais de 50 ônibus. Querer agora contar a história de que você prendeu o Fernandinho Beira-Mar?”, ironizou.

Operação internacional e prisão na Colômbia

O ex-governador relatou detalhes da operação que resultou na captura do traficante em 2001, destacando que a ação envolveu articulação internacional com o governo colombiano. Segundo ele, a primeira tentativa de prisão ocorreu no Paraguai, em Pedro Juan Caballero, mas Beira-Mar conseguiu escapar.

“Na casa dele, a Polícia Civil encontrou uma foto sua ao lado de Negro Acácio, o segundo homem na hierarquia das FARC. Com isso, fui à ONU e acertei com o então presidente da Colômbia, Pastrana, uma ação conjunta para prendê-lo — o que acabou acontecendo”, afirmou.

Garotinho também prometeu divulgar, até o fim do dia, um documentário com reportagens e informações sobre os bastidores da prisão. Encerrando o vídeo, ele provocou a ex-governadora: “Pega mentira não, Benedita”.


Aprovação de Cláudio Castro sobe e chega a 40% após megaoperação no Rio


A gestão do governador Cláudio Castro (PL) atingiu seu maior índice de aprovação desde 2022. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (1º) pela Folha de S. Paulo, 40% dos moradores do Rio de Janeiro e da região metropolitana avaliam o governo como ótimo ou bom. O levantamento indica que 23% consideram a administração regular — o menor índice nesse quesito — e 34% classificam o governo como ruim ou péssimo, também o patamar mais alto de desaprovação no período.


O estudo foi realizado nos dias 30 e 31 de outubro, dois dias após a megaoperação que matou 121 pessoas no Rio de Janeiro. Foram 626 entrevistas por telefone com pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

Diferenças regionais e de perfil

A pesquisa revela contrastes marcantes entre a capital e as demais cidades do Grande Rio. Entre os moradores da cidade do Rio de Janeiro, a aprovação de Castro cai para 30%, com margem de erro de cinco pontos percentuais. Já na região metropolitana, o índice sobe para 51%, com margem de erro de seis pontos percentuais. A reprovação chega a 39% na capital e 28% nas demais cidades.

A popularidade do governador também varia conforme o perfil dos entrevistados. Entre os homens, 49% aprovam o governo, enquanto entre as mulheres o índice é de 32%. O apoio é ainda mais expressivo entre eleitores de Jair Bolsonaro (PL), aliado político de Castro: 67% aprovam a gestão. Entre os eleitores de Lula (PT), a aprovação cai para 17%, enquanto 61% consideram o governo ruim ou péssimo.


Operação Contenção e o saldo político

A melhora na avaliação do governo ocorre logo após a operação Contenção, considerada a mais letal da história do país, com 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. Segundo o Datafolha, 37% dos entrevistados avaliam como ótima ou boa a atuação de Castro na segurança pública desde a ação, enquanto 37% classificam como péssima e 25% como regular.

A operação é vista como “muito bem executada” por 48% dos entrevistados. Outros 21% apontaram falhas, e 24% a consideraram mal executada. Para 57%, a operação foi um sucesso, em linha com o discurso do governador; 39% discordam dessa avaliação.

Castro tem buscado consolidar o capital político obtido após a operação. Nos últimos dias, o governador recebeu apoio de aliados como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que elogiou a ação, e promoveu um encontro com governadores como Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Romeu Zema (Novo-MG), no qual foi lançado o Consórcio da Paz.

Logo após a operação, Castro havia se queixado publicamente da falta de apoio do governo federal, intensificando o embate político com Brasília.

Percepções sobre violência e polícia

A pesquisa também mostra como parte da população apoia ações duras contra o crime. Para metade dos entrevistados, a maioria dos mortos na operação eram criminosos, e para 31%, todos eram. Metade dos participantes também concorda com a frase “bandido bom é bandido morto”.

Mesmo assim, 77% afirmam que investigar e prender é mais importante do que matar, e 88% defendem o uso obrigatório de câmeras corporais por policiais em serviço — um sinal de que o apoio à segurança pública vem acompanhado de demanda por transparência e controle.


Orçamento de 2026 será debatido na câmara de SJB quarta-feira (05)

Foto: Ralph Braz | Pense Diferente

A Câmara de São João da Barra marcou para a próxima quarta-feira (05), a audiência pública sobre o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA-2026), a partir das 10h, no plenário Narciza Amália. A LOA é uma lei que tem o objetivo de prever todas as receitas e fixar todas as despesas do governo municipal, para o ano seguinte. É como um plano financeiro no qual o governo define como os impostos e outras receitas serão gastos para financiar as políticas públicas em prol da população.


A tramitação do PLOA em plenário teve início na sessão do último dia 14. O projeto foi lido e encaminhado às comissões de Justiça e Redação e de Finanças e Orçamento.


Emendas ao PPA - Também continua em tramitação, o projeto de lei que trata do Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2026-2029. O prazo para quem desejar propor emendas ao texto do PPA vai até o dia 07 de novembro, na Secretaria da Casa. Quem desejar obter uma cópia (em PDF) do projeto deve fazer uma solicitação por meio de ofício à Secretaria. O PPA é um planejamento que o governo faz a médio prazo, identificando as prioridades para um período de quatro anos.





terça-feira, 28 de outubro de 2025

Cláudio Castro afirma que Lula não vê segurança como prioridade




O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por, segundo ele, não tratar a segurança pública como prioridade nacional. Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, Castro reforçou que a ausência de apoio do governo federal prejudica operações em áreas dominadas pelo crime organizado.

“É uma crítica recorrente que eu faço: entendo que essa gestão não vê segurança pública como prioridade. Essa é uma crítica que mantenho”, afirmou o governador. Ele destacou que a falta de fiscalização nas fronteiras permite a entrada de armas de grosso calibre no país.


Fronteiras sob crítica
Castro lembrou que o Rio de Janeiro apreendeu 732 fuzis no ano passado e ressaltou que o estado não fabrica armamentos. “Essas armas estão entrando pelas fronteiras federais. Não há, pelo que a gente tem visto, ações efetivas. A Polícia Federal estourou uma fábrica de fuzis em São Paulo, o que é louvável, mas esses fuzis continuam entrando pelas estradas federais”, disse.


Operação mais letal da história do Rio
O governador também comentou sobre a operação policial desta terça-feira (28/10), considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, com 64 mortos. Castro lamentou a morte de quatro policiais e classificou os agentes como “as grandes vítimas da operação”.

“Fico triste com nossos policiais que deram a própria vida para proteger a população. A princípio seriam 60 criminosos mortos. Na minha opinião, o policial é a grande vítima dessa operação”, declarou. Segundo o governador, 81 criminosos foram presos após 60 dias de planejamento, com acompanhamento do Ministério Público do Estado. “Todas as regras da ADPF das Favelas foram cumpridas”, garantiu.

Pedido de blindados negado
Cláudio Castro também revelou que o governo fluminense solicitou ao Ministério da Defesa o envio de blindados da Marinha para uso em operações em áreas de risco, mas o pedido foi negado.

“A resposta que nós tivemos é que, como o blindado precisa de operador federal, seria necessária uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O presidente já afirmou várias vezes que é contra e não dará GLO alguma. Então sabemos que não teremos ajuda dos blindados federais”, afirmou.

O ofício, assinado em 29 de janeiro, pedia apoio logístico da Marinha, incluindo veículos blindados, operadores e mecânicos. A solicitação foi enviada ao ministro da Defesa, José Mucio, e analisada pela Advocacia-Geral da União (AGU), que condicionou o atendimento ao decreto de uma GLO presidencial — o que não ocorreu.

Contexto de tensão entre estados e União
A declaração de Castro amplia o clima de tensão entre o governo do Rio e o Palácio do Planalto, especialmente após a operação que resultou em dezenas de mortes e reacendeu o debate sobre o papel das forças federais no combate ao crime organizado. O governador insiste que a ausência de apoio e de políticas nacionais integradas enfraquece o enfrentamento à criminalidade no estado.


26° BPM intensifica patrulhamento e abordagens em Petrópolis


Em decorrência da Operação Contenção em andamento no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), que mobilizou mais de 2,5 mil policiais civis e militares nos complexos do Alemão e da Penha, com objetivo de capturar lideranças criminosas e conter a expansão territorial do Comando Vermelho, o 26° Batalhão de Polícia Militar (BPM) está reforçando o patrulhamento em Petrópolis.

As equipes estão intensificando as abordagens a transportes públicos, carros e motocicletas, para prevenir e coibir ações criminosas nos principais pontos de entrada e nas áreas mais sensíveis da cidade.



Única-Fácil Petrópolis : linhas de ônibus para o Rio de Janeiro operam normalmente


De acordo com a empresa Única-Fácil, as linhas de ônibus com destino ao Rio de Janeiro estão operando normalmente nesta terça-feira (28), embora atrasos possam ocorrer devido a interdições e ao trânsito.


A capital fluminense passa pela maior ação integrada das forças de segurança dos últimos 15 anos, realizada pelo Governo do Estado. Até o final desta tarde, o balanço parcial registra 64 mortos (4 deles policiais), 81 presos e 93 fuzis apreendidos.

Mesmo assim, os ônibus da empresa seguem subindo e descendo da Região Serrana, sem que nenhuma linha tenha sua operação interrompida.