A tensão ganhou corpo na Alerj nesta quarta-feira(010), quando o deputado Thiago Rangel (Avante), participando de forma remota, comentou a notícia de uma reunião entre parlamentares e o governador Cláudio Castro para tratar de uma possível eleição na Alerj. Segundo ele, a movimentação seria uma tentativa de sepultar politicamente Bacellar.
“Aconteceu um episódio, em que eu li, que um grupo de deputados ontem foi ao Palácio Guanabara, foi atendido pelo Governador Cláudio Castro para falar sobre um tema muito sensível nesse momento: a eleição da Presidência desta Casa”, disse. Em seguida, completou:
O deputado também defendeu o nome do colega Chico Machado (Solidariedade), que também foi citado como um “traidor”. “Jamais Chico Machado faria qualquer movimento contra o Presidente Rodrigo Bacellar. Nós sabemos da lealdade e fidelidade que o deputado tem com o Bacellar”, reagiu.
Knoploch reage e cobra nomes
O discurso de Rangel provocou reação imediata de Alexandre Knoploch (PL), que classificou como temerária as citações e rejeitou a acusação de atuação para antecipar uma eleição interna.
“Não sei de qual reunião o deputado Thiago Rangel está falando e eu gostaria que ele falasse e citasse nomes. Tem muita gente que faz fofoca, tem muita gente que quer posar de o melhor amigo de A, B ou C, e, a esta altura do campeonato, todo mundo aqui já sabe quem é quem”, advertiu, também defendendo Chico Machado.
Após a fala, Rangel retomou a palavra para esclarecer que estava apenas reproduzindo algo que havia lido na imprensa.
Chico Machado rebate citação
Ao ser mencionado diretamente, Chico Machado contestou a informação e destacou sua fidelidade política a Bacellar. “Isso é coisa de gente mal intencionada ou muito mal informada. Eu duvido que eu tenha procurado algum dos outros 68 deputados que estão aqui presentes para falar sobre a eleição de Alerj. Jamais faria isso”, garantiu.
Machado também pediu serenidade e tranquilidade na condução desse processo. E acrescentou: “Ser presidente da Assembleia é consequência, e isso não está em assunto agora.”
Delaroli pede o fim da ‘fofocada’ e Amorim pressiona pela pauta
No esforço para retomar os trabalhos, Rodrigo Amorim (União Brasil), líder do governo, cobrou pela volta da votação. O presidente interino, Guilherme Delaroli (PL), acatou a solicitação e encerrou o debate.
“Acredito que essa fofocada esteja encerrada, porque isso é muito ruim para o Parlamento neste momento. Eu não tenho vaidade nenhuma de estar presidente hoje. A gente tem que tocar o Parlamento, a gente tem que tocar as pautas que melhorem a vida do povo do nosso Estado”, concluiu.
