Com a recuperação do Palácio de Cristal em fase de conclusão, a novidade da reforma já pode ser vista em meio aos canteiros do jardim: o piso fulget, antiderrapante e permeável, de quartzo, granito e outras pedras naturais aglutinadas com resina. Mais confortável do que a pavimentação anterior, de pedriscos, o fulget está sendo construído nos quase 600 metros do passeio ao redor do monumento, que totalizam área de 2,2 mil metros.
O novo piso, que começou a ser feito no dia 6, tem aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além da restauração do palácio, que incluiu recuperação da estrutura de ferro e revestimentos, troca de vidros e pintura, a obra abrange reforma da portaria, sanitários e gradis, iluminação externa e acessibilidade para pessoas com deficiência – um investimento total de R$ 1,9 milhão.
A adoção do fulget no exterior do Palácio de Cristal tem sintonia com tendência internacional de pavimentação de espaços públicos. “É um piso de melhor qualidade, drenante, que não se opõe visualmente ao anterior, agrega estética ao palácio e proporciona acessibilidade”, diz o engenheiro que acompanha os trabalhos pela Secretaria de Obras, Habitação e Regularização Fundiária da Prefeitura, Diego Cariús Machado, do Departamento de Obras Públicas.
Dos 2,2 mil metros quadrados de fulget, cerca de dois terços estão sendo aplicados diretamente sobre base de pedra britada e pó de pedra, em solo compactado. Em 780 metros quadrados dos passeios, o piso fulget vai contar com base reforçada desde o portão lateral do palácio, a fim de suportar o peso de veículos pesados para transporte de materiais usados em eventos. Em meio à base, um sistema de captação vai drenar a água da chuva.
A construção do fulget deveria ter começado antes, mas foi retardada devido a pedido de esclarecimento do Iphan. Em 19 de abril, quando parte do meio-fio dos passeios estava construída, o instituto solicitou informações sobre o nivelamento do piso em relação à base das escadas do palácio e a drenagem. “Foram solicitados detalhes complementares para maior entendimento entre as partes e os dados foram apresentados de forma a obter a anuência do instituto”, conta Diego Cariús Machado. Os outros trabalhos da obra continuaram normalmente.
O trabalho no fulget foi liberado pelo Iphan em 30 de maio, após a Secretaria de Obras apresentar documentos descritivos e plantas ao instituto. “Sabemos que essa interrupção comprometeu o ritmo de execução do serviço, mas estamos empenhados na entrega da obra dentro do prazo”, afirma Diego. A fase final dos trabalhos inclui a recomposição do jardim e a conclusão da iluminação externa. O palácio, restaurado, já tem o primeiro grande evento na agenda: a Bauernfest, em agosto.