( Lagoa de Cima- Foto : Ralph Braz | Pense Diferente) |
A situação não está nada fácil para a população campista que reside nas localidades de Conceição do Imbé, Lagoinha e Morro Grande. Desde segunda-feira (14), os moradores dessa área rural do município são obrigados a andar até sete quilômetros a pé para conseguirem transporte com destino ao Centro de Campos. A preocupação também é com os produtores rurais, da agricultura familiar, que utilizam o ônibus de linha para levar seus produtos para a Feira da Roça. Sexta-feira, por exemplo, é dia de condução com lotação excedendo a máxima.
O único ônibus da Jacarandá que fazia o trajeto nestas localidades, passando pela Tapera, mudou o itinerário no horário das 5h30. O trajeto, agora, passou a ser por Rio Preto. Segundo moradores, a justificativa no coletivo é a precariedade da estrada. No entanto, eles não entendem o porquê de a volta às 18h15 ser pelo caminho abandonado na parte da manhã.
— Também temos uma van com esse itinerário, mas a van está fazendo o ponto final na praça de Lagoa de Cima. No meu caso, que moro em Lagoinha, tenho que andar cinco quilômetros quando preciso ir à cidade para pegar uma condução — disse a costureira Maria de Fátima Pereira da Silva, 58 anos.
O mesmo problema é relatado pela diarista, Kátia Tinoco Carvalho, 37 anos. De acordo com ela, a situação está difícil.
— Estou perdendo oportunidades de trabalho pela falta de condução. É a primeira vez que estamos sem condução direto, o que só ocorre em período de enchente. Não temos voz e não sabemos a quem recorrer. Precisamos que o prefeito Wladimir (Garotinho) olhe por nós — desabafou Kátia, também moradora de Lagoinha.
Em nota, o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) informou não ter ciência de alteração de itinerários que esteja sendo praticada tanto pela empresa de ônibus quanto pelas vans. Ainda de acordo com o IMTT, a equipe de fiscalização foi acionada para uma verificação do itinerário e, caso as irregularidades sejam constatadas, a empresa será notificada para cumprimento do contrato de concessão.
Fonte: Folha da Manhã