(Foto: Michele Richa) |
Com a presença do prefeito eleito de Campos, Rafael Diniz, e da futura secretária de Saúde de Campos, Fabiana Catalani, foi realizada uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (28). No encontro, a Saúde no município foi classificada por Catalani como “trágica” e diversos pontos que preocupam a futura gestão foram elencados.
Infraestrutura de unidades de Saúde, falta de material básico como medicamentos e insumos, ambulâncias sucateadas, funcionários sem pagamento e convênios e dívidas com hospitais contratualizados foram alguns dos pontos citados por Rafael e Fabiana.
– Enquanto vereador sempre defendi uma Saúde de qualidade e não vai ser diferente no momento em que assumirmos. Nos últimos anos não faltou dinheiro na Saúde de Campos, faltou gestão e por isso a situação chegou ao jeito que está hoje. Mas a reconstrução da nossa Saúde vai começar de dentro para fora, com nossos servidores que trabalham nesses locais há anos. Contamos com eles para isso – afirmou o prefeito eleito.
De acordo com Catalani, a equipe responsável pela transição na área da Saúde está assustada. “Recebemos diariamente relatos de funcionários que não possuem a mínima estrutura para trabalhar. Faltam medicamento, materiais e insumos. Em muitas unidades não há água ou sabonete para eles lavarem as próprias mãos”, revelou Fabiana, destacando que muitos desses profissionais recebem pela forma de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) e estão com salários atrasados.
Outro problema ressaltado na coletiva, foi a falta de estrutura necessária para atendimento nas unidades de Saúde. “Hoje vivemos uma tragédia na Saúde, com unidades fechadas, médico sem atender, falta de material humano e básico”, disse Catalani.
As ambulâncias sucateadas também foram citadas como uma séria dificuldade que será enfrentada pela próxima gestão. Segundo Catalani, hoje existe um local com diversas ambulâncias se deteriorando.
Uma das maiores preocupações é relacionada a convênios e dívidas dos hospitais contratualizados. “Esses hospitais são de extrema importância no atendimento da população, já que eles dão continuação ao atendimento emergencial e desafoga os hospitais de emergência. Mas hoje há uma dívida do município com esses hospitais, que seria dividida em sete parcelas, mas que foram pagas apenas quatro. Além disso, os convênios com essas entidades terminam no final do ano e precisamos entender o quadro real”, comentou Fabiana, afirmando que também há dívidas com hospitais oncológicos que precisam ser esclarecidas.
Por fim, Catalani destacou a preocupação do futuro governo relacionada à dengue, principalmente durante o verão, período de maior proliferação. Ela afirmou que trabalhos de prevenções serão feitos e que já existe uma equipe técnica realizando levantamos de casos para evitar problemas maiores no próximo ano.
Fonte: Folha da Manhã