sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

PF investiga desvio de royalties da exploração mineral. Agentes estariam no Porto do Açu


A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta sexta-feira (16) quatro mandados de prisão preventiva, 12 de prisão temporária, 29 conduções coercitivas, sequestro de três imóveis e bloqueio judicial de até R$ 70 milhões em contas de suspeitos de participação em um esquema de corrupção nas cobranças de royalties da exploração mineral. As ações acontecem no Distrito Federal e em 11 Estados: Goiás, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e Rio de Janeiro, onde estariam, inclusive, segundo as primeiras informações, no Porto do Açu, em São João da Barra.

A Operação Timóteo, cujo nome faz referência a um dos livros da Bíblia, investiga uma suposta organização criminosa que, de acordo com a PF, agia junto a prefeituras para obter parte dos 65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) repassada aos municípios. Em 2015, o CFEM acumulou quase R$ 1,6 bilhão.

Ainda conforme as investigações, munidos das informações, os suspeitos entravam em contato com municípios que tinham créditos do CFEM junto a empresas de exploração mineral para oferecer seus serviços.

Segundo as investigações da Operação Timóteo, um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) oferecia informações privilegiadas sobre dívidas de royalties a dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria. De acordo com a TV Globo, o diretor do DNPM se chamaria Marco Antônio Valadares Moreira.

O pastor Silas Malafaia, líder religioso da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi alvo de uma condução coercitiva para prestar esclarecimentos sobre suspeita de lavagem de dinheiro.






Fonte: G1