A partir de quinta (17), os pacientes terão que se tratar em Itaboraí, que fica há 70 km de Teresópolis. Os pacientes temem não aguentar a viagem.Quem precisa fazer hemodiálise em Teresópolis está preocupado. A partir de quinta-feira (17), os pacientes terão que se tratar em outra cidade, há 70 quilômetros de distância. Isso porque a Vigilância Sanitária interditou o setor onde o serviço é oferecido na cidade. Foram encontrados problemas no tratamento da água. No entanto, muitos desses pacientes estão com a saúde bem fragilizada e o medo é que eles não aguentem descer e subir a serra.
Os pacientes fizeram o protesto em frente ao setor de hemodiálise do Hospital das Clínicas. A Vigilância Sanitária do estado decidiu interditar o serviço. O hospital não teria cumprido as exigências do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para regularizar o armazenamento e a distribuição da água usada nas máquinas de hemodiálise.
O setor precisa de reparos nos equipamentos e instalações. A partir de sexta-feira (18), o tratamento de hemodiálise dos 69 pacientes do hospital vai ser transferido para o município de Itaboraí, que fica a 70 quilômetros de distância de Teresópolis.
A Secretaria de Saúde ficou encarregada de fazer o transporte. Vai levar os pacientes de Teresópolis até a clínica, em Itaboraí. Mas os pacientes não gostaram da solução. Eles não querem viajar. Os parentes que têm que acompanhar os pacientes também reclamam.
No setor de hemodiálise, lo médico de plantão, o nefrologista Artur Figueiredo confirmou que a viagem é difícil para os pacientes renais e que eles podem passar mal depois do tratamento. Mas ele acha importante que o setor seja reformado para atender as determinações da Vigilância Sanitária.
O presidente da ONG Diálise Terê, Rubens Lacerda, que também é paciente renal, defende a manutenção do tratamento de hemodiálise no Hospital das Clínicas por mais 90 dias. É o prazo que uma empresa terceirizada precisaria para se instalar e prestar o serviço em Teresópolis pelo SUS.
fonte: in 360
