Governo do Rio lança ofensiva para convocar população para nova manifestação na Candelária. Objetivo é pressionar Dilma a vetar o projeto de lei
No Cristo Redentor, os cartazes da campanha do Rio contra a mudança nos royalties: protesto na quinta-feira pretende reunir 10 mil pessoas
Nem o Cristo Redentor ficou de fora da campanha do governo do Rio de Janeiro contra as mudanças nas regras de distribuição dos royalties do petróleo. O monumento mais famoso do país amanheceu, nesta segunda-feira, com uma faixa de apoio à manifestação Contra a injustiça - Em defesa do Rio, que acontecerá na próxima quinta-feira, a partir das 15h, na Candelária. Outros pontos da capital, como a sede administrativa da prefeitura, também estampam a faixa.O evento é uma reedição do ato que, em março, reuniu milhares de pessoas nas ruas do Centro, debaixo de chuva. Na época, o alvo ainda era a Emenda Ibsen Pinheiro, aquela que deu início à celeuma em torno dos royalties do petróleo, incluindo as áreas já licitadas. A classe artística compareceu em massa, divindo espaço com políticos rivais, como Sergio Cabral e o casal Garotinho.
A expectativa agora é, no mínimo, repetir o feito. Com minoria no Congresso, os políticos apelam para a comoção popular como estratégia para pressionar a presidente Dilma Roussef a vetar o projeto de lei no caso de uma nova derrota dos estados produtores, dessa vez na Câmara dos Deputados. Atualmente, a posição de Dilma - até então, aliada inocndicionál do governo Cabral - é delegar a solução do problema para os ministros Edison Lobão, de Minas e Energia, e Guido Mantega, da Fazenda.
A Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) prometem levar 10 mil pessoas através de caravanas vindas do interior. O senador Marcelo Crivella e o deputado Anthony Garotinho, ambos da bancada evangélica, também pretendem mobilizar as igrejas para aumentar o quórum do ato. As concessinárias Metro Rio e Fetranspor oferecerão transporte gratuito para a manifestação.