O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), discursou neste domingo (7) durante manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na orla de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. O ato, convocado por lideranças bolsonaristas, reuniu milhares de pessoas com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos, cartazes de apoio a Donald Trump e mensagens pedindo anistia aos condenados pelos ataques ao Congresso no 8 de janeiro.
No palco, ao lado de parlamentares e líderes religiosos, incluindo Silas Malafaia — a quem o governador pediu uma salva de palmas —, Castro defendeu ex-mandatário e afirmou que “eleição sem Bolsonaro não existe”. Ele também pediu liberdade política e criticou a situação do ex-presidente, atualmente em prisão domiciliar.
“O primeiro passo que queremos hoje é Bolsonaro inocentado. O primeiro passo que a gente quer é que o homem que não cometeu nenhum crime não pode ser condenado. Estamos falando em anistia, mas esquecemos que há um inocente com uma tornozeleira em casa, preso”, declarou.
Pedidos de anistia acontecem na esteira do julgamento de Bolsonaro
Entre os presentes estavam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que criticou o STF e chamou os ministros de “perseguidores do meu pai”, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem (PL), que também defendeu o ex-presidente. Um áudio de Michelle Bolsonaro, esposa de Jair, no qual a ex-primeira-dama alega perseguição política contra os integrantes do movimento, foi reproduzido na manifestação.
O ato acontece em meio ao julgamento, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, de Bolsonaro e outros sete réus, por suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. A análise do caso será retomada na terça-feira (9) e deve ser concluída até sexta-feira (12), com penas que podem chegar a 43 anos.
Paralelamente, Cláudio Castro anunciou viagem a Brasília para tentar reuniões com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), para tratar da aprovação de uma eventual anistia aos condenados pelos atos golpistas. O governador reforçou o apoio à candidatura de Bolsonaro em 2026.