segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Moradores de edifício na Pelinca tiveram de evacuar o prédio devido ao risco de desabamento

(Foto: reprodução | Inter TV)
Moradores do edifício Volare, situado na Rua Mariano de Brito, no Parque Tamandaré — região da Avenida Pelinca — tiveram de sair de suas casas devido à instabilidade estrutural do prédio. Equipes da Defesa Civil foram acionadas e solicitaram que todos os residentes saíssem de seus apartamentos. A princípio, eles não tiveram tempo sequer de pegar seus pertences e nem mesmo os carros puderam ser retirados da garagem. Somente algum tempo depois, os moradores foram autorizados a subir, de 2 em 2, para pegar os itens mais essenciais e buscar os veículos.

Na manhã deste domingo (25), os moradores ouviram um “estrondo” que teria sido ocasionado por uma viga estrutural que cedeu e derrubou escoras de uma obra de contenção que estava sendo realizada no térreo do prédio. Os agentes da Defesa Civil analisaram a situação e decidiram evacuar o edifício até que seja feita toda uma análise técnica para afirmar se, de fato, há risco de desabamento.

(Foto: reprodução | Inter TV)
Segundo informações cedidas por uma moradora do edifício, os problemas estruturais foram identificados há alguns meses após o surgimento de rachaduras. O prédio foi construído pela DAC Construtura. A princípio, a estrutura do edifício estaria adequada, mas após a incorporação de uma área de lazer anexa, o prédio teria ficado instável.


Quando perceberam as primeiras rachaduras, os moradores abriram um litígio judicial contra a construtora, mas, devido à urgência, decidiram arcar com os custos da obra para corrigir o problema, que já estava visível na fachada esquerda do prédio. Ainda de acordo com essa moradora, o condomínio já investiu aproximadamente R$ 600 mil na obra de correção, obra essa em que foram colocadas as vigas que cederam na manhã deste domingo.

(Fotos: divulgação)
De acordo com o major Edisson Pessanha, da Defesa Civil de Campos, o órgão foi acionado por volta das 11h deste domingo (25) pelo síndico. A equipe verificou, então, que uma parte da estrutura da edificação apresentou uma deformação bastante acentuada em um dos pilares.

“O engenheiro da empresa que estava executando a obra de correção já estava aqui e, realizando a auditoria junto com ele, chegamos a conclusão que o prédio hoje deveria ficar completamente desocupado. Isso é o mais prudente até que seja feita nova avaliação e reestruturação da parte que foi danificada. Isso vai ficar a cargo da empresa, mas a Defesa Civil vai acompanhar esse trabalho como forma de prevenção. É importante esclarecer que o estrondo que ocorreu nessa manhã não tem a ver com a obra de correção, mas com a estrutura que já estava danificada anteriormente. Aliás, o escoramento com a estrutura metálica foi fundamental para que o desastre não fosse maior. Quanto ao risco de desabamento, pensamos que não há esse risco agora por causa da estabilização das vigas metálicas, mas não é prudente que haja movimentação no prédio”, explicou o major.


O morador de uma casa ao lado do prédio, Tiago Riter, também teve de sair do seu domicílio, seguindo a orientação da Defesa Civil. Segundo ele, se há a possibilidade de o prédio desabar, a casa dele também será danificada. Até que o laudo da Defesa Civil seja concluído, Thiago terá de dormir na casa de parentes.



O edifício Volare é um prédio luxuoso e entre os moradores dos apartamentos estão médicos, empresários e também o ex-prefeito de Campos, Alexandre Mocaiber.








Fontes: Terceira Via | Inter TV