O ex-governador e ex-prefeito de Campos dos Goytacazes Anthony Garotinho e a deputada estadual Índia Armelau (PL) passaram a trocar acusações públicas nas redes sociais nos últimos dias em meio a divergências políticas envolvendo o presidente afastado da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), que nesta terça-feira (16) foi alvo de uma nova operação de busca e apreensão da Polícia Federal.
O embate começou na semana passada, quando Garotinho publicou um texto questionando a postura de parlamentares que se apresentam como conservadores na Alerj, mas que votaram pelo relaxamento da prisão de Bacellar. Na publicação, ele citou diretamente a deputada ao comentar declarações feitas por ela em defesa do aliado.
Crítica inicial de Garotinho
Na postagem, Garotinho afirmou ter “estranhado” a posição adotada por alguns deputados e disparou: “Como um político conservador, estranhei muito a votação na ALERJ de vários deputados que se dizem conservadores. A deputada ÍNDIA ARMELAU chegou ao desatino de dizer ‘quero a liberdade de BACELLAR, como quero a de BOLSONARO’. Peraí, o ex-presidente não é acusado de apoiar o Comando Vermelho?”
Na mesma publicação, ele também retomou acusações antigas envolvendo o gabinete da deputada e afirmou ter recebido um vídeo de reportagem jornalística que, segundo ele, explicaria a postura da parlamentar. “A bancada dita de direita no Rio deu um presente à esquerda. Ontem recebi esse vídeo, de uma matéria do repórter GABRIEL BARREIRA, aí entendi que a ÍNDIA aponta o arco e flecha conforme conveniência”, completou.
Resposta de Índia Armelau
Na segunda-feira (15), Índia Armelau reagiu às críticas com a divulgação de um vídeo nas redes sociais. Na gravação, a deputada afirma estar sendo alvo de ataques e classifica como fake news uma matéria antiga que, segundo ela, teria sido retirada de contexto.
No vídeo, Índia também cita decisões judiciais e investigações envolvendo Garotinho, incluindo condenações eleitorais e a Operação Chequinho, que apurou irregularidades eleitorais em Campos. A parlamentar afirma que suas declarações se baseiam em registros públicos e decisões da Justiça e diz que continuará atuando de acordo com suas convicções, sem se deixar intimidar.


