terça-feira, 2 de novembro de 2021

Setor de bens, serviços e turismo está otimista para o fim de ano


Com quase 180 mil pessoas com o ciclo vacinal contra a covid-19 completo em Petrópolis, a economia local vem retomando os patamares do período pré-pandemia. Em setembro deste ano, a cidade registrou pelo quarto mês consecutivo, saldo positivo na geração de empregos, de acordo com dados do Caged. Serviços e comércio foram os que mais criaram vagas formais de empregos. E essa confiança dos setores vai refletir nas contratações de temporários para o fim de ano.

Para Marcelo Fiorini, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), a expectativa para o Natal é altamente positiva. Segundo ele, a economia está aquecida com a volta das pessoas nas ruas, consequência da vacinação que vem avançando. E a aposta do setor é na volta dos consumidores às lojas físicas. “Acreditamos que as compras em lojas físicas vão aumentar, uma vez que no ano anterior, as vendas em meios digitais ganhou espaço, ainda por conta do isolamento social. As pessoas tiveram que se adaptar e agora estão voltando a frequentar os estabelecimentos. Isso mostra a confiança da população na eficácia da vacinação, que se reflete também, nos baixos índices de internação na cidade e em todo o país”, reforça.

Marcelo acredita, ainda, que alguns perfis de consumidores, os de roupas, por exemplo, voltarão a comprar nas lojas físicas. Eletrodomésticos e eletroeletrônicos continuam com as vendas on-line aquecidas. “A sensação de crescimento das vendas é positiva. Sabemos que a retomada ainda não é plena. Algumas famílias ainda estão em dificuldade. Não sabemos se essa expectativa vai se concretizar, mas estamos otimistas.”


O Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes também está otimista. Para o presidente Germano Valente, a realização do Natal Imperial pode alavancar as contrações no setor de turismo. “A expectativa para a contratação de mão de obra temporária é boa, caso o Natal Imperial venha a acontecer como no ano de 2019. O setor de Turismo está em recuperação mas, de uma maneira geral, ainda não chegará neste ano aos níveis pré-pandemia.”

Sobre a contratação de temporários para o fim do ano, Marcelo vem observando que os empresários estão otimistas com essa volta do consumidor às compras e isso vai se converter em contratação de temporários. Algumas lojas da Rua Teresa, por exemplo, já estão usando, principalmente, as redes sociais para anunciar as vagas.


“Estamos acompanhando que os números de empregos formais estão crescendo. Estamos numa retomada dos empregos e da economia local. Os setores estão mais confiantes e com isso a contratação de temporários começa a se intensificar agora no início de novembro”, diz Marcelo.

“O crescimento do turismo é muito bom já que gera emprego e renda para toda a cidade. Não somente a hospedagem e alimentação, mas os setores de comércio e o de serviço são diretamente impactados positivamente”, completa Germano.

CNC: contratação de temporários para o Natal será a maior em oito anos

De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é que haja a contratação de 94,2 mil trabalhadores para atender ao aumento sazonal das vendas neste fim de ano. A entidade prevê ainda aumento de 3,8% nas vendas natalinas, em comparação com o ano passado. Regionalmente, o estado do Rio de Janeiro deve gerar 7,63 mil postos temporários. Os maiores volumes de contratações deverão acontecer nos ramos de vestuário. Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, lembra que as lojas de vestuário, acessórios e calçados são, historicamente, as que respondem pela maior parte dos empregos temporários neste período do ano. “Enquanto o faturamento do varejo cresce em média 34% na passagem de novembro para dezembro, no segmento de vestuário o faturamento costuma subir 90%”, ressalta Bentes.

Ainda segundo a CNC, a taxa de efetivação dos temporários após o Natal deverá ser maior do que nos últimos cinco anos, com a expectativa de absorção definitiva de 12,2% desses trabalhadores. “As incertezas quanto à rapidez no combate aos fatores que têm dificultado uma evolução ainda mais favorável das condições de consumo e os desdobramentos decorrentes da crise hídrica tendem a impedir uma taxa de efetivação próxima àquelas observadas antes de 2016”, explica Bentes.

*Com informações da CNC