(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
O vereador Franquis Areas (PSC) levou ao plenário da Câmara de São João da Barra uma denúncia de negligência médica na localidade do Açu, no 5° distrito do município. A discussão veio à tona após o vereador levantar o debate sobre a renovação da frota de ambulâncias do município, já que as localidades não contam com veículos, mesmo após, segundo os próprios parlamentares de oposição e da base, a prefeita Carla Machado (PP) ter autorizado a aquisição.
No caso de negligencia, Franquis contou ter sido procurado por uma família que relatou ter levado uma criança com febre e manchas no corpo ao posto de saúde do Açu, mas a pediatra que estava no local nesta quarta-feira (03) teria negado atendimento e orientado que a mãe procurasse a emergência da localidade que não conta com a pediatria. O vereador disse que tentou contato de imediato com o secretario municipal de Saúde, Sávio Saboia, e com o sub, Pedro Bastos, mas o retorno, do subsecretári0. SO veio no fim do dia.
Isso é negligência, é falta de Socorro. Essa mãe. com a criança doente teve que pegar um ônibus da linha para trazer a criança até a São João da Barra (sede). A gente pede que isso não venha a se repetir- ressaltou Franquis
Da base governista, a vereadora Sônia Pereira (PP), presidente da Comissão de Saúde da Casa, também cobrou explicações sobre o fato. "Os médicos quando se formam fazem um juramento.
Ela não foi uma pessoa humana, não cumpriu o que jurou. Temos que saber qual é a carga horária, se cumpre sua carga horária. Mesmo se já estivesse fora do horário, não poderia negar o atendimento, disse Sônia.
Líder do governo na Câmara, o vereador Chico da Quixaba (PP) também cobrou providências a Saboia e Pedro Bastos., ou que a Casa vote uma moção de repúdio aos profissionais que não Cumpram suas funções, sobretudo na área da Saúde. "Não pode acontecer de maneira alguma negar um socorro. Nós que não Somos médicos, paramos para socorrer uma pessoa. Imagine um médico, da rede municipal, que aqui recebe os seus salários em dia e está na obrigação de atender. O senhor secretário, subsecretário, tem que chamar essa médica e botar em seu devido lugar", observou Chico.
Membro da Comissão de Saúde na Câmara, o vereador Kaká (Podemos) lembrou que o Colegiado tem atribuição de atuar em casos como esse e falou sobre a possibilidade de a profissional ser denunciada ao órgão que fiscaliza o exercício da profissão. "Omissão de socorro é crime. A médica tem obrigação de atender. Aconselho ao senhor, vereador (Franquis), que encaminhe essa família para formalizar uma denúncia no Conselho Regional de Medicina. Quero ser solidário a essa família, e orientar a denúncia para que essa médica seja punida por não ter Cumprido seu juramento', salientou Kaká.