A Polícia Civil informou que 14 das 27 pessoas envolvidas com a Máfia dos celulares em Campos continuam foragidas. A Folha teve acesso à identificação de 11 homens e uma mulher indiciados na investigação. A operação Quebrando a Banca, deflagrada nessa terça-feira (11), envolveu as polícias Civil e Militar e o Ministério Público Estadual (MP), com auxílio da Polícia Rodoviária Federal, cumprindo 13 mandados de prisão e 88 de busca e apreensão. Durante a ação, que terminou no início da tarde, 700 aparelhos eletrônicos, além de cheques com valores variados, também foram apreendidos.
Pelo menos 150 agentes e 30 viaturas atuaram na operação, que aconteceu em vários pontos do município, como no Shopping Popular Michel Haddad, que não abriu pela manhã, em São Francisco de Itabapoana e Itaperuna. Foram mais de seis meses de investigação, inclusive por meio de escutas telefônicas.
Em escuta telefônica realizada pela Polícia Civil, com autorização judicial e divulgadas pela imprensa, dois suspeitos conversam sobre a compra deste tipo de equipamento. Um deles afirma ter comprado 100 celulares por R$ 15 mil.
Os foragidos identificados com fotos são: Jéssica Genázio Gomes, Kaio Faria Cordeiro, Yan Carvalho Tavares, Edevaldo da Silva Eufrásio, Victor Oliveira Rangel (Vitinho), Herval André Bastos Rodrigues (Ceguinho), Dáyrio Sinflorio Santos, Willian Pereira Mendes, José Fernando Soares Júnior (Maroca), Marcos André G. Belém de Souza, Julianele da Silva Pinheiro (Sinistro) e Ricardo Alexandre O. de Souza (Calé).
Operação - Segundo o delegado adjunto da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Pedro Emílio Braga, foram pelo menos seis meses de investigação para conseguir delinear o tecido organizacional e identificar as diferentes células, que atuam de forma coordenada para fazer girar esse mercado da venda de celulares e outros equipamentos roubados.
O promotor de Justiça Fabiano Rangel relatou que o trabalho do Ministério Público, em conjunto com a Polícia Civil, teve como foco identificar pessoas envolvidas com roubos. “A gente conseguiu, nessa investigação, apurar toda a cadeia da organização criminosa; toda a coluna vertebral entre o assaltante em si e o revendedor, passando pela atividade de desbloqueio — pessoas envolvidas de outras cidades também, que atuavam principalmente no desbloqueio — e aqui, pelo Shopping Popular, onde eles agiam revendendo o produto da atividade criminosa. Nossa investigação tenta atacar toda essa organização”, detalhou o promotor.
No Shopping Popular Michel Haddad, a operação foi coordenada pelo delegado titular da 134ª DP, Geraldo Rangel, e pelo promotor Fabiano Rangel. Inicialmente, 13 bancas seriam vistoriadas, mas outros mandados de busca e apreensão foram obtidos para o local.
Fonte: Folha da Manhã