(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
Quase sempre, o verão é esperado com as melhores expectativas entre aqueles viajantes que saem de férias ou passam temporada fora de casa nesta estação. Aproveitar os dias de sol e calor nas praias da região é programação garantida para muitas famílias. Várias delas se ausentam de casa por dias, semanas, um mês ou mais. Se por um lado, sair da rotina é algo satisfatório, por outro, acontecem algumas preocupações com a segurança do imóvel vazio. Furtos e roubos à residências podem ocorrer com mais facilidade neste período. Prevenir é bom.
Especialistas em segurança costumam indicar medidas que os proprietários de imóveis podem adotar para tentar impedir e combater a entrada nada agradável de ladrões. Gestos simples que podem funcionar como conferir se portas e janelas estão bem trancadas; deixar alguma luz acesa dentro de casa; avisar aos vizinhos próximos sobre o período de ausência; e se houver ainda mais intimidade, pedir ao vizinho que acenda a luz de fora da casa ao anoitecer e apague-a ao amanhecer. Um cão de guarda também ajuda a alarmar sobre a presença de invasores ou movimentação estranha na vizinhança.
Em Campos, os números oficiais de roubos e furtos à residências registrados nas delegacias da cidade podem não corresponder à realidade. É que muitos moradores que são vítimas desses crimes não procuram a polícia para registrar queixas. Isto costuma afetar o patrulhamento dos bairros e localidades onde bandidos agem com mais facilidade. Sem informação, policiais nem sempre intensificam operações em suas rotinas de trabalho. Foi o que aconteceu com Gilian Rodriguez, moradora da rua Francisco Luis Rodrigues, no bairro Julião Nogueira. Ela e o marido trabalham fora e só estão em casa no período noturno. Em outubro último, chegaram à casa com uma ingrata surpresa: uma das janelas estava arrombada. Um ladrão conseguiu levar pertences pessoais.
“A casa foi revirada, principalmente gavetas do guarda-roupas onde estavam guardados R$500 em uma delas. Um tablet também foi levado pelo ladrão. Desconfiamos de ser alguém que conhecia nossos horários e rotina. Por não termos cachorro em casa, isto também facilita o acesso. Não registramos queixa na polícia porque não tínhamos tempo para ficarmos muitas horas na delegacia, já que isto costuma ser demorado Sei que é importante, mas eu e meu marido não fizemos boletim de ocorrência”, contou.
Outra moradora do Julião Nogueira, a vendedora Joana Fonseca, reside à rua Dionísio Augusto de Oliveira. Em novembro do ano passado, também foi alvo de ladrões que furtaram a casa na ausência dela. “Eles levaram equipamentos de som e fios de eletricidade que estavam guardados em um dos cômodos. Tive sorte de não roubarem mais coisas, pois havia algumas joias de valor em uma das gavetas do quarto. Tomei um susto, pois o bairro costuma ser patrulhado com frequência. É habitual carros de polícia passarem por aqui”.
Joana também não apresentou queixa na delegacia sobre o furto ocorrido em sua casa. No gráfico em destaque, podem ser verificados e comparados os registros oficiais do ISP – Insituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, sobre as ocorrências nas delegacias do Centro e de Guarus nos últimos dois anos. Em 2017, por exemplo, houve diminuição de casos de furtos e roubos à residências em relação a 2016, segundo estatísticas oficiais.
A Polícia Militar de Campos reforça o pedido para que as pessoas quando se tornam vítimas de furtos, roubos e assaltos, façam as ocorrências nas delegacias da cidade. Em nota, a assessoria de comunicação do 8º BPM informou que as praias da região receberão reforços de patrulhamento durante o verão, como de costume. A PM informou também que o policiamento nas ruas centrais da cidade, além dos bairros da periferia continuará sendo realizado normalmente, sem prejudicar a segurança local.
Tem sido crescente o número de pessoas que recorrem à empresas particulares de segurança para cuidarem de suas casas ou estabelecimentos comerciais. Em Campos, já existem cerca de 20 companhias privadas de monitoramento de segurança que prestam atendimentos a hotéis, supermercados e indústrias, entre outros. De acordo com o chefe de tecnologia da informação e segurança, Paulo Fernando, com R$300 mensais em média, pode-se contratar o serviço do gênero.
“Por meio de câmeras conectadas pela Internet, visualizamos o imóvel de qualquer lugar do planeta. Utilizamos sensores de alarmes que são disparados se a casa ou o estabelecimento forem arrombados. Entramos em contato telefônico com o proprietário por meio de senhas, acionamos um carro-batedor da empresa que pode chegar entre cinco e dez minutos ao local. Neste tempo, informamos também à Polícia Militar sobre o fato”, explica Paulo.
Para quem gosta de viajar despreocupado nas férias de verão, a contratação de serviços particulares de monitoramento eletrônico com câmeras e sensores de alarmes pode ser uma boa opção. Entretanto, quem não dispõe de dinheiro para este tipo de vigilância, é bom contar com a colaboração e a amizade dos bons e velhos vizinhos de sempre, pois estes podem supervisionar a rua esvaziada nos fins de semana, além da acompanhar movimentação externa das casas vazias no período de ausência dos viajantes. Começar o ano novo iluminado é o desejo de muitas pessoas. Sendo assim, iluminar o interior das casas e das relações sociais durante todo o ano também é recomendável, além de promover segurança e mais tranquilidade no convívio coletivo.
Fonte: Terceira Via