(foto: ANI) |
O problema da salinização da água doce usado por agricultores do 5º Distrito de São João da Barra e denunciada por pesquisadores da Universidade do Norte Fluminense (Uenf), voltou a ser alvo de discussões entre os pesquisadores da Uenf, representantes da OSX, LLX, USP, UFRJ, Firjan, Instituto do Meio Ambiente (Inea) e do Comitê de Bacias Hidrográficas do Baixo Paraíba. A reunião, no Centro de Ciências Ambientais, da Universidade, considerada técnica, foi a portas fechadas sem a presença da imprensa. De imediato, a OSX informou que as obras foram interrompidas, estudos estão sendo realizados, além de monitoramento de toda área atingida.
Segundo secretário executivo do Comitê de Bacias, José Gomes de Siqueira, a reunião foi para fortalecer os entendimentos das ações que já estão sendo realizadas para amenizar a situação.
— O Comitê quer dar um respaldo a sociedade de que a situação não está esquecida e de que as ações estão sendo feitas para solucionar o problema. As discussões são para fortalecer os entendimentos — disse o secretário do Comitê das Bacias.
Para o gerente de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da OSX, Heraldo Albuquerque, as medidas para solucionar o problema já foram tomadas e uma das principais foi a interrupção de todos os lançamento feitos de drenagem ligando a área onde fora depositado o material dragado ao mar e o monitoramento das áreas atingidas. Outro ponto informado pelo gerente foi os estudos técnicos que estão sendo feitos por especialistas em hidrogeologia que vão apontar as causas e também as soluções para todos os problemas.
— Não podemos deixar que essa situação fique sem resposta para a sociedade. Os estudos de águas subterrâneas já começaram e vão identificar os erros. Mas, temos que deixar claro que o monitoramento está sendo realizado em todas as frentes de trabalho — disse Haroldo Albuquerque.
Já o pesquisador da Uenf, Carlos Eduardo Rezende, disse que somente os estudos técnicos que estão sendo realizados vão dizer se a situação voltará ao seu ciclo normal. “Os estudos são profundos e estão sendo realizados por especialistas em hidrogeologia, com conhecimento técnico. Somente esses estudos vão dizer se a situação encontrada de salinização voltará ao normal”, informou ele.
Fonte: Folha da Manhã (Jane Ribeiro)