Sócia de Eike Batista na mineradora MMX, a siderúrgica estatal chinesa Wuhan Iron and Steel Corporation (Wisco) arquivou sua participação no complexo siderúrgico de porto do Açu, alegando que o lado brasileiro não construiu a infraestrutura necessária para o projeto.
"Ferrovias, terminais portuários --eles não construíram nada. O mercado também não está lá, portanto, nós paramos as conversas neste momento e não estamos pensando nisso", disse neste domingo o presidente da Wuhan, Deng Qilin, à agência de notícias Reuters.
Em 2010, a Wisco, quarta maior produtora de aço da China, começou a negociar o complexo siderúrgico com a LLX, empresa do grupo EBX, de Eike Batista. O projeto foi orçado na época em US$ 5 bilhões.
No final do ano anterior, a estatal chinesa havia comprado 21,52% da mineradora MMX por US$ 400 milhões.
O setor siderúrgico chinês enfrenta um ano turbulento devido à desaceleração da economia no mundo e na China, provocando um excesso de produção, dívidas crescentes e preços em queda. "Este é o ano mais difícil para o setor de aço chinês porque toda a economia mundial enfraqueceu, e o crescimento chinês desacelerou e atravessa uma reestruturação", disse Deng.
Ele afirmou que a empresa não planeja construir nenhuma siderúrgica no exterior, mas continua interessada na compra de minas de minério de ferro e de carvão fora da China para abastecer suas siderúrgicas.
Citando duas fontes não identificadas, o jornal afirma que problemas de logística, transporte e fornecimento de carvão de coque eram os principais motivos da decisão.
O custo da construção de uma ferrovia tão longa é muito alto e aumentou muito o valor total do projeto.
O custo da construção de uma ferrovia tão longa é muito alto e aumentou muito o valor total do projeto.
fonte: O Globo/ SJB online