Um dos cartões postais mais conhecidos e visitados de Petrópolis faz aniversário nesta quinta-feira (29). O Museu Imperial, que guarda relíquias e a memória do império, completa 72 anos.
Nesta quinta-feira (29), o Museu Imperial em Petrópolis completa 72 anos. E para comemorar, a entrada é
franca nesta quinta. Não há cobrança de ingresso. O Museu Imperial funciona das 11h às 18h.
A construção do belo prédio neoclássico, onde funciona atualmente o Museu Imperial, teve início em 1845 e foi concluída em 1862.
Para dar início à construção, D. Pedro II assinou um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, sob o comando do engenheiro e superintendente da Fazenda Imperial, major Julius Friedrich Koeler, foi incumbida de levantar a cidade, construir o palácio e colonizar a região.
Construído com recursos oriundos da dotação pessoal do imperador, o prédio teve o projeto original elaborado pelo próprio Koeler e, após seu falecimento, foi modificado por Cristóforo Bonini, que acrescentou o pórtico de granito ao corpo central. Para concluir a obra, foram contratados importantes arquitetos ligados à Academia Imperial de Belas Artes: Joaquim Cândido Guillobel e José Maria Jacinto Rebelo, com a colaboração de Manuel Araújo Porto Alegre na decoração.
A história do segundo reinado está em cada peça. Dom Pedro II construiu o palácio que abriga o museu. E 300 mil pessoas por ano passeiam pelo piso de madeira nobre, usando pantufas de feltro. Grupos de estudantes vão conhecer a história do período e brincar no jardim, projetado pelo paisagista Jean Baptiste Binot.
D. Pedro II adorava a sua residência de verão e a cidade que se formou ao redor. Suas prolongadas temporadas em Petrópolis criaram uma atmosfera favorável para a prática de veraneio ou vilegiatura, como se dizia à época, iniciada pelo próprio monarca e pela aristocracia do Império, seguida pelos presidentes e políticos da República e cultivada por muitos até hoje.
Com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, houve o banimento da família imperial, que se exilou na Europa. Em dezembro do mesmo ano, a imperatriz d. Teresa Cristina faleceu em Portugal e, dois anos depois, em 1891, D. Pedro II faleceria em Paris.
Entre 1893 e 1908, a princesa Isabel, como única herdeira – sua irmã, a princesa Leopoldina, havia falecido em 1871, alugou o Palácio de Petrópolis para o Educandário Notre Dame de Sion. Em seguida, entre 1909 e 1939, o Colégio São Vicente de Paulo funcionou no prédio. Nesse período, grande parte do mobiliário e demais objetos foram transferidos de local e de propriedade.
No São Vicente de Paulo, estudava um apaixonado por História: Alcindo de Azevedo Sodré. Graças a ele, que sonhava com a transformação do seu colégio em um museu histórico, o presidente Getúlio Vargas criou, em 29 de março de 1940, pelo Decreto-Lei n° 2.096, o Museu Imperial.
O Museu Imperial comemora 72 anos graças ao trabalho de muita gente. Como Alcindo Sodré, que organizou o acervo. O presidente Getúlio Vargas que assinou o decreto de criação. E os funcionários que fazem a preservação do patrimônio. Eles fazem parte da história do museu.
São mais de 100 pessoas cuidando da segurança, conservando os jardins, a pintura da fachada.