(Fotos: Ralph Braz) |
Após atingir uma marca razoável para o período, o nível do rio Paraíba do Sul voltou a baixar. Na medição realizada pela Defesa Civil na noite de segunda-feira, dia 1º, a cota era de 7,08 metros enquanto na quarta-feira (03) já tinha caído para 6,05 metros. Mesmo assim, ainda é considerada dentro da normalidade, entre 5.80 metros e 6,30 metros, segundo o subsecretário do órgão, Edison Pessanha. Há pouco mais de um mês, o Paraíba registrou sua pior marca, abaixo de 4.40 metros. A expectativa é de que o nível do rio continue baixando nos próximos dias, pois não há previsão de chuvas na cabeceira. Ainda na segunda-feira, a Agência Nacional de Águas (ANA) estendeu a vazão mínima do rio Paraíba do Sul até 31 de dezembro.
— As águas que chegaram até o Paraíba do Sul vieram das chuvas da Zona da Mata Mineira. Com isso, houve um aumento dos níveis de todos os rios que cortam as regiões Norte e Noroeste Fluminense. Mas, na segunda-feira (1), os níveis dos rios começaram a baixar significativamente, revelou Pessanha, esclarecendo que a medição do nível do rio Paraíba do Sul está sendo realizada uma vez por dia. Até o dia 26 de novembro, por exemplo, quando as chuvas começaram na região, o rio estava medindo 4,53m. O subsecretário da Defesa Civil informou ainda que não há previsão de chuvas para os próximos dois dias.
As chuvas em Minas Gerais amenizaram a situação. De acordo com o secretário de Agricultura, Eduardo Crespo, os canais e bacias hidrográficas estão recebendo água de forma natural. “Nossa expectativa é de que venha mais chuva por aí, para amenizar os prejuízos causados pela seca recorde deste ano, que são irrecuperáveis. Não há como mudar a situação. Temos que pensar daqui para frente”, finalizou Crespo.
O Paraíba está no centro de uma discussão sobre crise hídrica que atinge a região Sudeste do Brasil. A população do Estado de São Paulo vem sofrendo com os reflexos da falta de água. No início desta semana, os estados do Rio, Minas e São Paulo fecharam um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o acerto, os Estados devem apresentar uma proposta conjunta para a solução do problema, até fevereiro de 2015.
Fonte: Folha da Manhã