(Foto: Antônio Leudo | Folha da Manhã) |
“Fazer o Restaurante Popular voltar é fácil, é só Garotinho devolver os R$ 20 milhões que recebeu de propina da Odebrecht”. A frase é do presidente da Câmara de Campos, Marcão Gomes, em resposta a Miguelito (PSL) durante a primeira e quente sessão do Legislativo após o retorno de quatro dos vereadores eleitos e não diplomados em dezembro de 2016 por decisão judicial durante as investigações da Chequinho, nessa terça-feira (13).
Durante o debate acalorado de uma indicação legislativa de Enock Amaral (PHS) sobre auxílio aos produtores rurais do município, Miguelito questionou a falta de recursos alegada pela Prefeitura para suspender os serviços do restaurante durante um período de avaliação de novo modelo. Linda Mara (PTC), que também faz parte do grupo dos quatro eleitos e não diplomados no ano passado, ao lado de Thiago Virgílio (PTC) e Ozéias (PSDB), chegou a dizer que o governo precisa “quebrar o retrovisor” e “parar de culpar a última gestão”. No entanto, o vereador Marcos Bacellar (PDT) questionou Linda Mara, afirmando que é preciso apontar os erros. “Infelizmente não sei dirigir sem olhar no retrovisor. O caos que está hoje é culpa da ‘Rosa’ e seu belo marido. Eles afundaram o município com Cepop, Cidade da Criança, só bobagem”, declarou.
Alvos de Anthony Garotinho (PR) no último final de semana, que usou seu blog para postar fotos de vereadores, acusando-os de “farrear” após a aprovação das mudanças nos programas sociais, Luiz Alberto Neném (PTB) e Cláudio Andrade (PSDC) usaram a tribuna para responder ao ex-governador. De forma serena, Neném explicou que estava em Porto Alegre, onde disputou uma maratona, e a foto foi tirada com familiares e amigos. “A conta foi de R$ 150 e paga pelo meu sogro. Não falo da vida pessoal dos outros. Ganho meu dinheiro honesto, tenho meu comércio, e vou viajar quantas vezes eu quiser. Não tenho medo dele e de ninguém. Vamos deixar vida pessoal de lado e debater ideias”, afirmou.
Outro ponto importante envolvendo a Câmara são as CPIs das Rosas e da Lava Jato, que têm como objetivo investigar os contratos da Prefeitura para paisagismo com a Emec e para a construção das casas populares do Morar Feliz com a Odebrecht, respectivamente. Na última semana, Marcão anunciou a composição das duas comissões e declarou que a previsão para o início dos trabalhos era ainda nesta semana. No entanto, durante a sessão dessa terça-feira, Thiago Virgílio questionou a formação das CPIs e o fato do PTC não ter nenhum membro. Marcão rejeitou o pedido de Thiago para uma nova avaliação, que prometeu ir à Justiça.
Fonte: Folha da Manhã