terça-feira, 14 de abril de 2015

FALTAM MÉDICOS E REMÉDIOS NA REDE MUNICIPAL DE CAMPOS

(Foto: Valmir Oliveira| Folha da Manhã)
A saúde pública de Campos precisa de ajustes. Pessoas passam horas em filas durante a madrugada para marcar consultas, chegando a ficar 12 horas ao relento e na hora do atendimento recebem como resposta que não há vaga. A falta de médicos nos Postos de Urgência 24 horas, ambulatórios e hospitais que atendem emergências é uma constante, mostrada pela Folha diversas vezes. Após a mesma denúncia na semana passada, e outras no mês passado, a reportagem constatou através de reclamações dos usuários que não havia clínico geral no PU de Guarus no último domingo (12) e nem segunda-feira (13), fato confirmado por funcionários da recepção. No Hospital São José, em Goitacazes, uma idosa de 70 anos aguarda remoção para a UTI há mais de 24 horas.

No Posto 24h de Tocos também não houve atendimento para esta especialidade no domingo, e segunda, com problemas na troca de plantonistas.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informa mais uma vez que, devido ao grande número de pedidos de demissão de médicos plantonistas no PU de Guarus, o plantão de segunda estava sem clínicos e os pacientes estariam sendo direcionados para outras unidades.

A FMS informa ainda que a situação do PU de Guarus deverá se normalizar em poucos dias, com outros profissionais que foram chamados, e vão assumir as vagas dos demissionários.

No último sábado (11) a Folha publicou uma matéria em que a FMS garantia as escalas de médicos para o final de semana evitando os transtornos para os usuários, como ocorreu nos plantões dos últimos finais de semana no PU de Guarus. Mas o problema se repetiu.

Moradores da Baixada Campista quase sempre que procuram o atendimento no Posto 24 horas de Tocos não conseguem. De acordo com eles, faltam ambulância, remédios e médicos. “Moro em Tocos há 27 anos e o atendimento aqui no posto está ruim há tempo. Consulta aqui é muito difícil. Minha vizinha precisou de ambulância em casa na semana passada e esperou por mais de três horas. Nunca tem remédios quando precisamos”, disse a dona de casa de 62 anos que preferiu não se identificar.

Mais problemas — O Hospital São José (HSJ), em Goitacazes também acumula reclamações. Pacientes estariam sendo dispensados por falta de atendimento — a marcação de consultas tem previsão para maio — há falta de vários medicamentos no hospital, inclusive antiinflamatórios mais comuns.

A dona de casa Janaina dos Santos, 32 anos está com a mãe na enfermaria desde domingo aguardando uma vaga em uma UTI do SUS e não consegue. “Ontem (domingo) colocaram minha mãe de 70 anos na ambulância e iríamos para o Ferreira Machado, mas, voltaram atrás e retornamos para a enfermaria. Me deram prazo de 24 horas às 20h (segunda) para a remoção”, disse.

O jornal tentou contato por e-mail com a FMS, mas esta informou que a responsabilidade é da secretaria de Saúde, que não retornou.




Fonte: Folha da Manhã