quarta-feira, 19 de março de 2014

DIRIGENTE DO AMERICANO DIZ QUE " PERMUTA DO ESTÁDIO ERA A ÚNICA SAÍDA"

(Foto: Ralph Braz)
A convite da Câmara de Vereadores de Campos, o presidente do Conselho Deliberativo do Americano Futebol Clube, Edson Carvalho Rangel, participou da sessão ordinária desta terça-feira (18) para detalhar o contrato firmado entre o clube e uma construtora, que resultou na demolição do estádio Godofredo Cruz, no Parque Tamandaré.

Segundo ele, o projeto de construção do Complexo Esportivo Social, que inclui um Centro de Treinamento (CT) e um novo estádio, em uma área de Guarus, foi aprovado nesta terça-feira pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). As obras deverão começar até a próxima segunda-feira. O CT será construído no primeiro ano, o complexo social e esportivo, no prazo de dois anos, e o estádio dentro de 3 a 4 anos.

Edson disse que o Americano, que este ano comemora o seu centenário, tem a obrigação de dar explicação à comunidade e, por isso mesmo, compareceu à sessão. “Assumimos a direção do clube e a responsabilidade é nossa”, disse.

Ele explicou que o acordo firmado entre o clube e a construtora foi a saída encontrada pelo Americano para saldar as dívidas. “Em 2013, o Americano não tinha um centavo de receita e uma dívida de R$ 5 milhões. O clube não tem receita, mas tem despesas. Em Guarus, vamos ter uma estrutura de um complexo social e esportivo, capaz de gerar receita, coisa que não temos hoje. Vamos ter um estádio que atenderá as condições e exigências da Fifa, coisa que não temos hoje”, explicou.

“O Americano tem grande problema de receita e daí a necessidade da permuta com a construtora. Temos um investimento em equipes de escolinhas, de juniores e juvenis, além das equipes profissional. Não estamos contentes em deixar o Parque Tamandaré, mas a permuta foi aprovada em assembleia geral de sócios e não pela diretoria do Americano”, explicou.

Em troca da sede do Parque Tamandaré, a construtora cedeu uma área de 128 mil metros quadrados para a construção do Complexo Esportivo. Nos próximos quatro anos, tempo de duração das obras, o clube receberá também uma verba mensal de R$ 75 mil durante quatro anos, além de outras quatro parcelas intermediárias de R$ 250 mil. “É com esse dinheiro que o Americano está sobrevivendo”.

O novo estádio, segundo ele, terá capacidade para 8 mil pessoas, podendo ser ampliado para até 11 mil. “Estamos levando o progresso para Guarus, que hoje tem 209 mil habitantes, uma população que terá lazer e esportes numa grande área. Além destes 128 mil metros quadrados de construção, teremos ainda 70 mil metros para serem utilizados. Estamos nos reunindo com associações de moradores de Guarus que definirão como essa área será utilizada”, explicou ainda.

O engenheiro responsável pelo projeto, Mariel Oliveira, detalhou as obras. Ele explicou que os serviços ainda não começaram porque o Inea precisava ser convencido dos impactos positivos que ela vai causar.

O vereador Nildo Cardoso, que disse ser torcedor do Americano, questionou a capacidade do novo estádio. “Ele não vai comportar um campeonato carioca ou brasileiro, por exemplo”. Nildo propôs que os 25 moradores acompanhem a execução das obras.

Para o vereador Jorge Magal, a capacidade para 8 mil pessoas é razoável, já que a média de torcedores nos estádios durante os campeonatos é de 3 a 4 mil pessoas.

O presidente da Câmara, Edson Batista, afirmou que as explicações de Edson Rangel satisfez aos vereadores em geral. “O Americano, embora seja uma entidade privada e pertencente aos seus associados, é também um patrimônio de Campos, daí que o assunto da demolição do seu estádio veio ser tratado na Câmara”, concluiu.


Fonte: Ascom