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Há cinquenta anos, 250 000 pessoas foram a Washington acompanharam as palavras de King e de outros oradores que falaram sobre a situação racial e social do país. Milhões de outras pessoas acompanharam o evento pela televisão. King, então com 34 anos, foi o último a faltar naquele dia. Seu discurso, distante da visão revanchista de outros ativistas da época e carregado com um forte tom cristão – que havia sido aperfeiçoado em púlpitos de igrejas batistas do sul dos EUA – pedia conciliação, esperança e, sobretudo, justiça.
Incluía algumas das frases que ficaram gravadas na história: "Eu tenho um sonho de que um dia esta nação se levantará e tornará real o verdadeiro significado de seus princípios: 'acreditamos que estas verdades são evidentes: que todos os homens são criados iguais'". E ainda: “tenho um sonho de que meus quatro filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo teor de seu caráter”.
No ano seguinte ao discurso, 1964, a segregação oficial em escolas e locais públicos nos EUA foi finalmente banida com a aprovação do Ato dos Direitos Civis, que havia sido enviado pelo presidente John Kennedy ao Congresso ainda em 1963, a culminação de mais de uma década de luta por igualdade.
A contribuição de King foi reconhecida no mesmo ano, quando ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz – aos 35 anos, King tornou-se o mais jovem a receber o prêmio. Quatro anos depois, ele seria assassinado.
Fonte: Veja