Após denúncia da consumidora Elizabeth Avellar sobre um “corpo estranho” encontrado em uma embalagem do molho de tomate refogado da marca Predilecta — divulgada com exclusividade pelo GLOBO —, a Secretaria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, o Procon-RJ, notificou a empresa a retirar das prateleiras de todos os supermercados e mercearias do Estado do Rio as embalagens do lote L 134 S/RT, válido até junho de 2014. A fabricante também está obrigada a enviar ao órgão o endereço de todos os locais que faziam a venda do produto. No dia 16, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio já havia determinado a suspensão de venda e uso de um lote da polpa de tomate da mesma marca, após encontrar pelo de animal no lote 390 M23 SA, com validade até 30 de setembro deste ano.
No último dia 4, a decoradora Elizabeth estava preparando um almoço para filha e os netos. Ao tentar colocar o molho refogado de tomate da Predilecta na panela, percebeu que havia algo duro dentro da embalagem.Insistiu, achando que o conteúdo estava rígido, talvez congelado, por estar na geladeira há dois dias. Quando o molho saiu da embalagem plástica, no entanto, era algo estranho e que não se parecia com nenhum dos ingredientes do produto.
— Fiquei apavorada. Saiu algo que eu não sei nem descrever o que é. A primeira coisa que fiz, foi olhar o prazo de validade e estava dentro do permitido. Minha filha sugeriu fotografar tudo e mandar para a empresa. E eu decidi não tirar tudo de dentro da embalagem para levar o conteúdo para ser submetido a um teste — contou Elizabeth ao GLOBO.
Segundo o Procon-RJ, em razão da notificação, a Predilecta comunicou já ter determinado a imediata retirada do mercado do produto. A empresa, no entanto, não se manifestou ao ser procurada pela consumidora e pelo GLOBO.
Devido à denúncia, o Procon-RJ fará vistoria nesta quinta-feira em diversos estabelecimentos do estado para verificar se os lotes do molho de tomate refogado e da polpa de tomate natural da Predilecta não estão à venda.
A secretária estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, Cidinha Campos, disse que a determinação para a retirada dos produtos da Predilecta teve como base o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Segundo o CDC, são impróprios para consumo os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, assim como aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação.
Fonte: O Globo
