O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reafirmou nesta quinta-feira que a Petrobras não é órgão de socorro, mas pode associar-se ao grupo do empresário Eike Batista se for de seu interesse.
A presidente da estatal Maria das Graças Foster, já defendera, na semana passada, que uma eventual parceira entre as empresas seria “negócio, não ajuda”.
Em Washington para participar de reuniões e promover o road show da 12ª Rodada de Licitações, voltada para áreas do pré-sal, o ministro afirmou que a rodada ocorrerá em 28 e 29 de novembro e as áreas serão conhecidas em junho.
— A Petrobras não é um órgão, uma instituição de socorro. A Petrobras não fará isso. O que a Petrobras poderá fazer é uma associação, se for de seu interesse, com o grupo de Eike Batista. Ele está tocando o porto de Açu, que é uma obra gigantesca, e aquilo representa interesses para a Petrobras. A Petrobras tem negociado com ele, sim, alguma possibilidade de negócios entre ambos. Mas não para ajudá-lo, e sim porque é importante para a Petrobras. E obviamente é importante para ele também — disse o ministro.
Segundo o ministro, ajuda ao grupo de Eike virá apenas via BNDES, o que já vinha ocorrendo. Para ele, as perdas do grupo de Eike Batista não arranham a imagem do Brasil junto ao investidor estrangeiro. Ele cita as empresas americanas “que tiveram riscos altos, bolha imobiliária, bancos quebraram” nem por isso afetaram a imagem do país.
Fonte: O Globo
