foto: Ralph Braz |
Em meio à revitalização do centro histórico de Campos, o presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam), Orávio de Campos, denuncia que proprietários de imóveis centenários, que ajudam a contar a história da cidade, buscam na justiça o direito de demolir as edificações. Um caso que chama a atenção é do imóvel construído em 1870 por Matias Arantes, pertencente à família Silva Pinto.
O casarão, na Rua 13 de Maio 222, esquina com Saldanha Marinho, que nos anos 70 sediou o Clube Teatro do Chacrinha, reunindo a chamada inteligência da época, pode ser demolido. A família busca na justiça garantias para levar o prédio ao chão, como consta de processo na Vara Civil.
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Segundo o advogado da da família, ex-prefeito de Campos Carlos Alberto Campista, pelas alegações de seus clientes, “o imóvel encontra-se em péssimo estado de conservação, com paredes rachadas, ‘salitradas’ (com salitre) e danificadas, com risco iminente de desabamento”.
A Prefeitura nega pedido de demolição,com base nas alegações dos proprietários do prédio, a ação judicial pleiteia que “a melhor solução está na demolição do casarão, a última das antigas chácaras construídas, principalmente no Século XIX, pelos representantes da chamada aristocracia urbana. A prefeitura de Campos, por meio do Coppam já negou o pedido de demolição, e promete brigar para manter a memória e cultura do município viva. “A defesa será feita levando em conta as leis (Municipal, Estadual e Federal), além das questões afetivas e a representação simbólica do imóvel para as tradições culturais do município”, finaliza Orávio.
fonte: O Diário