Há anos, os petropolitanos vivem com a promessa de reinauguração do Theatro Dom Pedro II. Com as obras se arrastando desde 2019, em tantas idas e vindas, a justificativa apresentada pelo poder público segue a mesma: problemas técnicos relacionados à instalação do ar-condicionado.
Em janeiro deste ano, as intervenções foram retomadas. No entanto, em junho, a prefeitura publicou uma ordem de paralisação, alegando que a instalação do equipamento aguardava a Enel e que o serviço deveria ser concluído nos próximos dias. Neste sábado (20), ao ser questionada pelo Diário sobre a demora na reabertura, a administração municipal voltou a atribuir o impasse à concessionária de energia.
“Já foi realizada a infraestrutura necessária para instalação do ar-condicionado. A Prefeitura aguarda liberação da Enel, uma vez que é necessário que a concessionária faça o desligamento temporário da rede elétrica para que o aparelho possa ser levado para o local onde ficará localizado”, disse em nota.
A Enel também foi procurada e informou que irá retornar o contato na segunda-feira (22).
História
O espaço foi inaugurado em 2 de janeiro de 1933 pela família D'Ângelo e construído unindo estilos arquitetônicos e decorativos de art-nouveau e art déco. A decoração interna reúne estilos geométrico, mitológico e futurista, como flores com corolas viradas para baixo.
Quando a intervenção iniciou, não passava por uma grande obra há 16 anos, recebendo apenas pequenas intervenções entre os anos de 2009 e 2011. No projeto de 2019 estava prevista a revitalização da infraestrutura do prédio, como a revisão das instalações elétricas, recuperação do sistema de ar-condicionado, adequação para acessibilidade, conserto de infiltrações, entre outras melhorias. Na época, a prefeitura informou que o serviço custaria R$ 1.686.000,00, com a maior parte dos recursos provenientes de emenda parlamentar.
Mesmo sem previsão de reabertura, a prefeitura informou que a obra segue em andamento.
“Nos últimos 60 dias, uma série de serviços foram realizados, entre eles: reparos do revestimento da fachada, calafetação do piso das salas de Dança e de Música, manutenção na cobertura do anexo do Theatro, pintura no Hall do andar térreo, lobby superior e camarote, intervenções no telhado do palco e no telhado da escada que dá acesso aos camarins, instalação de chuveiros nos camarins do andar térreo, reparos nas pinturas artísticas no teto da área da plateia”.


