terça-feira, 24 de junho de 2025

Juliana Marins: Helicóptero não consegue chegar a brasileira; parque da Indonésia é fechado




Na ilha de Lombok, Indonésia, as autoridades do Parque Nacional do Monte Rinjani interromperam o acesso à trilha que leva ao cume do vulcão. A medida emergencial foi tomada após a brasileira Juliana Marins, de 34 anos, sofrer uma queda enquanto realizava a travessia no último sábado (21).

O fechamento, anunciado nesta terça-feira (24), atinge o trecho final do percurso, entre Pelawangan Sembalun e o topo do Rinjani, uma das rotas mais procuradas por trilheiros na região. A decisão foi motivada, segundo os administradores do parque, pela necessidade de garantir condições mais seguras e ágeis para a operação de resgate, evitando a aproximação de curiosos.

"A trilha de escalada de Pelawangan Sembalun até o Cume do Rinjani está temporariamente fechada, a partir de 24 de junho de 2025, por tempo indeterminado (até que o processo de evacuação seja oficialmente concluído)", diz o aviso.




Dias intensos de busca

Juliana, que viajava sozinha, desapareceu após cair em uma área íngreme da montanha. Desde então, o local onde ela foi vista pela última vez se tornou o centro de uma das mais complexas operações de busca realizadas na região nos últimos anos. O ponto da queda é descrito como um paredão instável, encoberto por neblina espessa e altamente úmido, um ambiente que dificulta tanto a visibilidade quanto a fixação de cordas.

De acordo com relatos transmitidos em tempo real por voluntários indonésios que acompanham a missão, a brasileira foi inicialmente localizada a cerca de 500 metros de profundidade. No entanto, após um deslizamento, ela teria escorregado por uma fenda estreita e continuado a cair, chegando a uma profundidade estimada em 1.050 metros, informação posteriormente confirmada por familiares nas redes sociais.

Obstáculos e improvisos no resgate

Um dos principais entraves enfrentados pelas equipes é a limitação do equipamento padrão de escalada. As cordas disponíveis não possuem extensão suficiente para alcançar o ponto onde Juliana se encontra. Para prosseguir com segurança, os socorristas estão utilizando uma furadeira portátil, que precisa ser transportada manualmente pela equipe, a fim de instalar novos pontos de ancoragem na rocha, etapa crucial para permitir a descida vertical controlada.

Mesmo com a presença de dois helicópteros prontos para decolagem, as condições climáticas seguem desfavoráveis. A forte neblina e o risco de chuva mantêm suspensa a autorização para sobrevoos na área do acidente. Nesta manhã, as operações foram retomadas às 6h, horário local. De acordo com informações divulgadas pela família de Juliana, quatro voluntários conseguiram avançar até cerca de 400 metros abaixo da superfície. O grupo ainda enfrenta um trecho de aproximadamente 650 metros para alcançar a vítima.