Após cinco anos fechada para restauração devido a um incêndio, a Catedral de Notre-Dame de Paris será oficialmente reaberta neste fim de semana. Neste sábado (7), está programado um espetáculo musical, enquanto no domingo (8), será realizada uma missa solene.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e dezenas de chefes de Estado e de governo aceitaram convites do presidente francês, Emmanuel Macron, para a reinauguração, de acordo com a agência Associated Press.
O projeto da reforma custou cerca de 700 milhões de euros (cerca de R$ 4,4 bilhões). O dinheiro veio do mundo todo, incluindo de bilionários franceses do setor de luxo, como François Henri Pinault e a família Arnault.
Tanto dinheiro foi doado, mais de 840 milhões de euros (cerca de 5,4 bilhões), que haverá até fundos sobrando para mais investimentos no edifício.
No fim de novembro, canais de televisão franceses e internacionais transmitiram a visita de Macron e mostraram o interior restaurado pela primeira vez.
Símbolo de Paris
Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1991, a Notre-Dame é um dos principais símbolos de Paris e uma das catedrais mais famosas do mundo.
Ela é considerada uma obra-prima gótica medieval, sendo um dos monumentos mais amados e frequentados por turistas que visitam a capital francesa. Ela encanta por suas abóbadas de nervuras, arcobotantes, vitrais deslumbrantes e gárgulas de pedra esculpida.
Um projeto ousado para um homem que nasceu camponês e chegou a ser bispo de Paris em 1160. Ele não vinha de uma família influente, mas contava com o apoio do rei Luís VII, o Piedoso, com quem estudou na escola da catedral de Paris.
Segundo seus planos, a catedral, construída após ele erguer quatro igrejas na Île de la Cité, seria a maior e mais alta. Teria torres e um pináculo coroado por um galo, símbolo para despertar os cristãos adormecidos.
A tradição situa a colocação da primeira pedra em 1163. Maurice de Sully, que morreu em 1196, não viu a conclusão da obra, por volta de 1345.