A prefeita de São João da Barra, Carla Machado, determinou a criação de um Gabinete de Crise para gerir questões relacionadas ao período de chuvas, composto pelas secretarias de Segurança Pública - por meio da Defesa Civil e Guarda Civil Municipal -, Meio Ambiente e Serviços Públicos, Agricultura, Obras e Serviços e Assistência Social e Direitos Humanos. Na noite de quarta-feira, 4, os secretários se reuniram e traçaram ações emergenciais. A preocupação é com o rompimento do Dique São João, provocando inundações, em decorrência do nível elevado do Rio Paraíba do Sul, que desde janeiro começou a receber as águas das fortes chuvas da Zona da Mata Mineira.
No momento, segundo informou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Wellington Barreto, a previsão é que o nível do Paraíba comece a estabilizar, o que tende a facilitar o trabalho nas áreas alagadas. Na última medição a cota do rio chegou a 6,30m, quando o nível de transbordo é de 8 metros. A reunião foi intermediada pelo chefe de Gabinete, Edivaldo Machado. Cada pasta vai atuar em frentes diferenciadas desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 5.
A atenção maior está para a área de abrangência do Dique São João, que rompeu no último dia 15. O monitoramento da força-tarefa e as ações estão voltadas para a população das localidades de Cajueiro, Degredo, Bairro de Fátima e Chatuba (sede), Grussaí e Perigoso.
- Nós da Defesa Civil vamos, junto com a Assistência Social e Direitos Humanos, percorrer essa área mais afetada e procurar as famílias para informarmos a situação e, assim, monitorá-las - destaca Barreto. Já Agricultura, Obras e Meio Ambiente estarão realizando vistorias e abrindo passagem para a água acumulada em alguns trechos. Tudo para tentar evitar maiores danos, principalmente aos que residem em área urbana e também produtores rurais afetados.
O município, inclusive, começou a informar o problema dos diques aos órgãos responsáveis da União e Estadual, desde janeiro último. A secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos oficializou a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), Ministério Público Federal, Departamento de Recursos Minerais (DRM) do Rio de Janeiro, Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade (Seas). Cabe ao Inea a recuperação dos diques, com autorização do Governo Federal.
São João da Barra conta duas famílias desalojadas, sendo que uma mudou para casa de parentes e, outra, para uma segunda propriedade da família, sendo acompanhadas pela Defesa Civil. Também se fez necessária a interdição pela Guarda Civil Municipal da estrada SB-02, que liga a BR-356, em Degredo, à sede do município. A área afetada tem em torno de 150 famílias em monitoramento e atenção voltada para trecho da BR-356.
