(Foto: Carlos Barria / Reuters) |
Enquanto no Brasil o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dirige fortes críticas a Jair Bolsonaro na articulação da reforma da Previdência, o presidente disse neste sábado, 23, a empresários chilenos que atritos acontecem no País porque muitos não querem largar a "velha política".
Presidente da Câmara tem dirigido fortes críticas ao presidente na articulação da reforma da Previdência; presidente não citou nomes.
Os atritos que acontecem no momento mesmo estando calado fora do Brasil acontecem na política lá dentro porque alguns, não são todos, não querem largar a velha política", disse Bolsonaro durante café da manhã oferecido pela Sociedade de Fomento Fabril do Chile em Santiago. Ele não citou nomes e disse ter recebido o governo em uma crise "ética, moral e econômica", classificou o Brasil como "campeão da corrupção", mas com grande chance de sair do buraco desde que o país aprove as reformas, principalmente da Previdência.
"Temos chance sim grande de sair dessa situação que nós encontramos com as reformas. E a primeira delas, a mais importante é essa da Previdência", disse o presidente.
Bolsonaro voltou a atacar a "velha política" ao reclamar das reações negativas à montagem de seu ministério. "Como nós chegamos sem apoios políticos partidários escolhemos um ministério, com pessoas que queriam participar do governo por patriotismo. Montamos nosso ministério desagradando os políticos tradicionais", afirmou o presidente. "Então com a política tradicional existem as reações ainda por parte de alguns da classe política. Mas acredito que a maioria não esteja contaminada", completou.
Em entrevista ao Estado publicada neste sábado, Rodrigo Maia declarou que o governo Bolsonaro "é um deserto de ideias" e criticou o presidente por dizer que seu diálogo é "toma lá dá cá". Mais cedo, em Brasília, Maia afirmou que os atritos com o governo são "página virada". "O que a gente precisa é mostrar para a sociedade que a gente tem responsabilidade, que o governo tem responsabilidade, que o governo vai sair de conflitos nas redes sociais e vai para o mundo real."
Fonte: Terra