quinta-feira, 14 de março de 2019

Voluntários integram uma rede de proteção de animais em Campos

(Foto: Divulgação)
É difícil precisar números, mas há muitas pessoas voluntárias que se mobilizam em Campos para cuidar de animais doentes e abandonados nas ruas da cidade. Alguns grupos se reúnem em diversas causas. Entre eles estão a Associação de Proteção Animal (Apa-Campos) e o Fundo de Proteção Animal (Campos Funproan). O poder público colabora por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Todos têm em comum algumas dificuldades para a manutenção de serviços e atendimento. Campanhas costumam ser promovidas nas redes sociais.

O servidor público Robson Peçanha dirige o Funproan. Ele conta que cerca de 50 pessoas voluntárias costumam contribuir eventualmente quando solicitadas. “Há despesas altas com ração, medicamentos e consultas médicas. Semana passada, um cão caiu do viaduto. Ele fraturou duas patas. Precisou de cirurgia. A despesa foi de R$3 mil. Em Campos, não há atendimento gratuito para animais. Nem no Hospital Veterinário da Uenf. A falta de abrigo é um grande problema. Precisamos pagar pessoas para cuidar de animais abandonados. A demanda é grande e os recursos mínimos”.

Campanhas para ajudar animais e seus tratadores costumam ser feitas nas redes sociais como Facebook, Instagram e Whatsapp. A funcionária pública Joseth Bravo é uma das integrantes dos grupos que defendem a causa animal. “Muita gente é voluntária e atua sem pertencer a Ongs. A gente depende bastante das redes sociais para pedir e fazer doações de animais, medicamentos, ração e abrigo. Por semana, pelo menos 10 animais de rua são ajudados de algum modo”, explica.

Além de voluntários, há pessoas que também vivem dos serviços prestados aos animais. É o exemplo do casal Hugo Teixeira e Tarcia Freitas. Eles fazem diversos serviços gratuitos, mas também sobrevivem cuidando de animais. Hugo criou um meio de transporte exclusivo para cachorros, o “táxi dog”. Tarcia coordena hospedagem para animais no quintal de casa “O valor do transporte é de aplicativos de veículos. Porém, presto atendimento voluntário às ONGs e aos profissionais que precisam resgatar animais de rua. Mantemos o abrigo de animais para adoção quando tem espaço. Temos um cachorro bem velhinho que estava abandonado. Ele está conosco há quatro meses. Enquanto ninguém adotá-lo, ele vai ficando e a gente. Recebemos doação de ração e medicamentos. Assim funciona a rede proteção”, diz Hugo.

Problemas da APA

A APA Campos funciona há 18 anos com trabalho voluntário. Atualmente, só duas pessoas ajudam a cuidar de 40 cães e gatos que estão abrigados. Uma das voluntárias é a médica veterinária Aline Lippi. Seus pais criaram a associação. Segundo Aline, não tem havido recolhimento de animais por conta das despesas. “Há 15 contribuintes voluntários para compra de ração. Não temos condições de pagar funcionários. Há um ano e meio não recolhemos animais porque não daríamos qualidade de atendimento a um número animais. Muitos medicamentos e ração são de recursos próprios porque a arrecadação não cobre as despesas. Costumamos usar as redes sociais para promover doação de animais”, explica.

Voluntários protegem animais abandonados

De acordo com Aline Lippi, há visitas ao local de 3 a 4 vezes por semana para cuidar dos bichos. “Na APA, três vezes por semana há consultas pagas. O valor arrecadado é revertido para os animais abrigados. Quem quiser adotar um bichinho, deve entrar nas redes sociais para agendamento. Podem ser feitas doações com ração, dinheiro ou apadrinhamento de animais. “Uma pessoa escolhe um bicho e custeia sua preservação sem levá-lo para casa”, diz. Para acessar as redes sociais das entidades, basta digitar “APA Campos” e “Campos Funproan”.







Fonte: Terceira Via