Alta temporada injeta R$ 180 milhões na economia de Petrópolis

Foto: Ralph Braz | Pense Diferente

Com a projeção de alcançar 150 mil turistas hospedados e outros milhares de visitantes que sobem a serra apenas para passar o dia, Petrópolis deve encerrar a alta temporada de inverno, no final de agosto, com uma movimentação superior a R$ 180 milhões na economia local. A projeção é do Petrópolis Convention & Visitors Bureau (PC&VB) e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL), com base nos dados de ocupação hoteleira, vendas do comércio, fluxo turístico e eventos que movimentam a cidade neste período.

A Bauernfest, que termina neste domingo (13), é um dos principais impulsionadores do desempenho. Segundo maior festival de cultura germânica do Brasil, o evento já garantiu, em seus três primeiros fins de semana, ocupação hoteleira superior a 90% e forte circulação de turistas na região central. Ao longo do mês, a cidade ainda recebe o Festival Sesc de Inverno, o MotoFest, Festival do Chocolate e o Festival de Fondue do PC&VB o maior evento gastronômico da estação, que segue até 03 de agosto. Outros eventos de médio e pequeno porte movimentam shoppings, complexos comerciais e bares e restaurantes.

“O inverno é, sem dúvida, nossa maior vitrine. A cidade une clima, gastronomia, cultura e segurança, o que faz de Petrópolis um destino completo e desejado. Além dos turistas que se hospedam, temos uma imensa população flutuante, vinda de municípios próximos, que consome em nossos restaurantes, cafeterias, lojas e atrativos culturais. Essa movimentação sustenta empregos e aquece toda a cadeia produtiva”, afirma Marco Muller, diretor executivo do Petrópolis Convention & Visitors Bureau.

Os reflexos da temporada também são sentidos diretamente no comércio. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL), os setores mais beneficiados neste período são os de vestuário e acessórios de inverno, souvenirs, alimentação e conveniência. A expectativa é que o faturamento cresça entre 15% e 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

“O turista movimenta não apenas a hotelaria e os restaurantes, mas também o pequeno lojista, os pontos de venda em toda a cidade. É um público consumidor que está mais disposto a gastar. A cidade precisa valorizar e potencializar esse fluxo com infraestrutura adequada e campanhas promocionais permanentes”, pontua Cláudio Mohammad. “O inverno é um termômetro da força que o turismo tem como motor econômico”, completa.

Com uma taxa de ocupação média de 85% nos fins de semana, a temporada 2025 reafirma o potencial turístico da cidade. Se considerados os turistas que prolongam a estadia, o número de hóspedes pode superar os 150 mil até o fim de agosto. A combinação de dias ensolarados, noites frias, festivais culturais e gastronomia típica faz do período um dos mais rentáveis do calendário local. “Nosso desafio continua sendo reter o hóspede por mais tempo, em especial durante a semana, para que a ocupação seja contínua e vantajosa”, pondera Marco Muller.