Presidentes das principais empresas do Complexo do Porto do Açu se reuniram com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão, para apresentar o planejamento estratégico do empreendimento, localizado no município de São João da Barra, Norte Fluminense, região com maior PIB per capita do estado em razão da exploração de petróleo na Bacia de Campos.
"Este é um projeto estruturante para o Rio de Janeiro, por sua capacidade de atrair investimentos e gerar emprego e renda", observou o secretário, lembrando que as quatro maiores petroleiras em atividade no país — Petrobras, Equinor, Shell e Galp — estão em atividade na região.
"Entre os investimentos em andamento, está a construção do maior complexo termelétrico a gás natural da América Latina, pela GNA. Além disso, o Porto de Açu tem potencial para se tornar o maior porto do Brasil. E o que é melhor, ainda há espaço para novos investimentos na região", afirmou.
Carlos Tadeu Fraga, CEO da Prumo Logística, lembrou que o projeto é eminentemente vinculado ao Rio de Janeiro, assim como todas as atividades do grupo, que estão concentradas no estado. De acordo com o executivo, o Complexo do Açu se encontra, atualmente, em sua segunda fase de desenvolvimento. "A primeira fase foi a de consolidação da infraestrutura. A segunda fase começou este ano, a de desenvolvimento do hub de gás natural, e irá gerar cerca de 100 mil postos de trabalho nos próximos anos", disse.
Segundo Fraga, a terceira fase, a de maior poder de transformação, ainda está por vir: "será a fase da chegada, na região, das indústrias que vão transformar os insumos disponíveis, como unidades de petroquímica e siderurgia, por exemplo. Esta será a fase de maior potencial de atração de investimentos e geração de emprego e renda", afirmou.
Bernardo Perseke, CEO da Gás Natural Açu (GNA), informou que as obras seguem dentro do cronograma. "Estamos a todo vapor. Não há nada que sinalize um atraso na entrada em operação da primeira térmica, prevista para janeiro de 2021", confirmou.
Já Victor Bomfim, CEO da Açu Petróleo, vislumbrou o protagonismo do complexo no futuro da indústria de óleo e gás no País: "O Porto do Açu, por sua infraestrutura e calado, é um projeto que está alinhado com a previsão de crescimento da produção e maior exportação de petróleo por parte do Brasil", afirmou.
Também participaram do encontro a subsecretária de óleo, gás e energia, Cristina Pinho, o secretário da Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, secretário de Transportes, Delmo Pinho, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), Fábio Galvão, o presidente do Inea, Cláudio Dutra.
Fonte: Folha da Manhã