foto:Wellington Cordeiro |
Quissamã é uma cidade contraditória. O município é muito rico, tem apenas 20 mil habitantes, uma arrecadação anual de R$ 260 milhões e uma das maiores rendas per captas do país, mas a população é pobre. Altamente dependente do poder público.
Ano de eleição é uma farra. A lei exige concurso para ingresso no serviço público. Contudo, o governo municipal não está muito preocupado com isso. Contratou cerca de quatro mil terceirizados. Se todos resolvessem comparecer ao local de trabalho, não haveria como comportar este exército nas dependências dos órgãos públicos. Mas o que interessa não é o trabalho. É o voto de cabresto.
O prefeito da cidade, Armando Carneiro (PSC) e sua esposa, Alexandra Moreira, são as duas figuras mais odiadas do município. Eles tentam eleger como sucessora a vereadora petista Maria de Fátima Pacheco (PT), campeã de rejeição entre os pré-candidatos. O casal imagina que continuará dando as cartas numa eventual vitória da sucessora. A vitória é uma missão difícil mesmo diante do empreguismo desenfreado.
Dona Maria de Fátima não confia nos padrinhos. Já procurou financistas, porque teme pela própria sorte diante de um casal instável, com humores sujeitos as chuvas e trovoadas. O governo caminha para sofrer um derrota avassaladora, mas antes, vai tropeçar numa série de decisões judiciais que trarão fortes dores de cabeça.
fonte: blog Roberto Barbosa