quinta-feira, 26 de maio de 2022

Café literário realizado em SJB traz reflexão aos 134 anos da abolição


Música, poesia e literatura marcaram o Café Literário com o tema “Abolição - Refletir e Conscientizar”, realizado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura na quarta-feira, 25, no Centro Cultural Narcisa Amália. O evento, em referência aos 134 anos da abolição da escravatura, contou com uma programação variada e a participação de personalidades ligadas à arte, à cultura e à educação, sendo aberto ao público.

O historiador Bruno Costa fez uma explanação do livro “A saga de um herói negro”, do escritor sanjoanense João Oscar do Amaral Pinto. Também no campo literário, o professor Cláudio Andrade declamou “14 de maio”, do cantor e compositor baiano Lazzo Matumbi, a escritora Izabel Gregório enfocou a crônica autoral “A palavra é escravidão”, o poeta Lucas Ferreira declamou a poesia autoral “Figurante da vida” e a jornalista Jaiciara Gomes a poesia “O Africano e o poeta”, de Narcisa Amália.

A religião de matriz africana Candomblé e a abolição da escravatura foram temas de um bate-papo com professor de História Rômulo Pontes e a coordenadora municipal de Igualdade Racial, Cristiane Riscado. A cantora Cacá Morsh, o músico e cantor Vitor Rangel também falaram da religião de matriz africana.

A programação contou com apresentação musical de João Damásio e Adriana Mendes e dança afro com o professor Artur Lima. Alunos do 5º ano e a professora Sayonara Freixas, da Escola Municipal Evanir Gaia, citaram nomes de negros nas mais diversas áreas e o grupo cultural Viva Arte Capoeira fez apresentações de jongo, maculelê e capoeira.

Encerrando o Café Literário, foi apresentada a cena performática “Blaiçãoo”, que emocionou a todos presentes. A peça foi inspirada no poema Navio Negreiro, de Castro Alves, e crida pelos alunos da oficina livre de teatro do Palácio Cultural Carlos Martins, com a direção do professor Silvano Mota.

“A Secretaria de Educação e Cultura sabe da importância de debater temas de relevância como o 13 de maio, em um processo de reflexão e conscientização. E o Café Literário colocou todo o legado do povo africano e dos afrodescendentes para a construção desse país, além de trazer uma diversidade cultural grande, dando lugar de fala à cultura afro”, destacou a secretária municipal de Educação e Cultura, Angélica Rodrigues.