A Casa da Ipiranga vai reabrir à visitação em dezembro e para celebrar a ocasião haverá um concerto de inauguração no dia 5 de dezembro, com apresentação da Orquestra Camerata Petrópolis e Thiago Tavares, no cravo, em dois horários: 18h e 19h.
Os ingressos para a apresentação custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada), com capacidade máxima de 25 pessoas. Para mais informações e reserva de ingressos, entre em contato pelo número (24) 99318-6716 ou pelo e-mail culturacasadepetropolis@gmail.com.
Sob nova gestão, o local recuperou seu nome como Casa de Petrópolis Instituto de Cultura, primeiro nome recebido pela casa ainda em 1998. O primeiro andar contará com visitação guiada, onde as pessoas poderão contemplar toda a beleza dos detalhes originais do imóvel e com uma sala para exposição permanente de artes plásticas contemporâneas, sob curadoria do artista plástico Luiz Aquila, que é um dos proprietários da Casa. Logo na reabertura a Casa sediará a exposição “AGORA” de arte contemporânea, com obras de Luiz Áquila, Beatriz Milhares, Daniel Senise, Marcelo Lago, Julia Miranda e Antônia Dias Leite. Em um segundo momento o espaço irá receber em seu segundo pavimento a exposição “Nas Asas da Panair”, vinda do Museu Histórico Nacional.
Sobre a Casa da Ipiranga
Sediada no nº 716 da Av. Ipiranga, o imóvel que abriga a casa guarda um passado memorável. Sua construção começou em 1879. Seu proprietário, José Tavares Guerra, que havia passado seus anos de estudo na Europa, idealizou sua residência unindo a beleza dos estilos europeus com as modernidades que começavam a surgir no final do século XIX. Sua construção, executada pelo engenheiro alemão Karl Spangenberger e feita com mão de obra de imigrantes, foi concluída em 1884. Seus jardins foram projetados pelo botânico Auguste Glaziou, o mesmo responsável pela reforma dos jardins da Quinta da Boa Vista e da residência do Barão de Nova Friburgo, sendo o único no Brasil que se conserva em estado original. Dezesseis anos depois a casa recebeu instalação de luz elétrica, sendo a primeira na cidade a ter esse recurso. A casa possui também o primeiro relógio de torre de Petrópolis e que se mantém conservado. É considerada uma das três mansões brasileiras do século XIX que ainda guardam suas características originais (as outras duas são a Casa da Hera, em Vassouras e o Palácio do Catete, atual Museu da República, no Rio de Janeiro).
Seu estilo arquitetônico é o Eclético, usado entre a segunda metade do século XIX e início do século XX, e tem como característica a combinação de vários estilos do passado, formando uma nova linguagem arquitetônica a partir deles.
Os painéis distribuídos pela casa foram pintados pelo pintor austríaco Carl Schäffer, com exceção da sala Fumoir, pintada pelo artista italiano Gustavo Dall’Ara. O lustre da sala principal foi feito em bronze banhado à ouro pela fundição francesa Barbedienne, a mesma usada no Palácio de Versalhes. Na sala de música as pinturas no teto recordam as viagens feitas por José Tavares Guerra aos Alpes Suíços, África, Bagdá, Egito, Índia e Palestina. Algumas paredes são revestidas de papel feito à base de pó de ouro.
O imóvel serviu como moradia da família até 1982, passando por diferentes gestões, até ser fechada no início de 2019, tanto para reformas de urgência quanto para uma reestruturação administrativa.
Medidas de prevenção contra a Covid-19
Medição de temperatura na entrada;
Totem de álcool gel na entrada e na saída;
Uso de máscaras obrigatório;
Pantufas descartáveis de uso obrigatório;
Capacidade máxima de 8 pessoas por vez durante a visitação;
Deverá ser respeitada a distância de 1,5m entre as pessoas.
Serviço
Local: Av. Ipiranga, nº 716 – Centro
Horário de funcionamento: de quarta a domingo, de 10h às 16h, e às terças para grupos agendados.
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada)
Entrada gratuita para petropolitanos às quartas-feiras, mediante comprovante de residência.
Fonte: Acontece em Petrópolis