segunda-feira, 26 de maio de 2025

Voo para Lisboa é cancelado após TAP não embarcar cão de criança autista


A companhia aérea TAP Air Portugal impediu, pela segunda vez, o embarque de um cão de serviço destinado a uma criança autista em um voo que partiria do Aeroporto Internacional do Galeão, na Zona Norte do Rio, com destino a Lisboa. A negativa da empresa desrespeitou uma decisão judicial favorável à família, o que motivou a atuação da Polícia Federal.

O primeiro voo estava previsto para às 15h40 deste sábado (24), mas foi cancelado após o impasse. Um segundo voo, marcado para as 20h25, também acabou atrasando e decolou apenas na madrugada de domingo (25), sem a presença da família.

Segundo a passageira, o cão, chamado Tedy, seria enviado para acompanhar a criança de 12 anos, que vive em Portugal. A TAP se recusou a permitir que o animal, de 35 kg, embarcasse na cabine, alegando que ele não acompanhava uma pessoa com deficiência e que não possuía a certificação reconhecida pela companhia para ser considerado cão de suporte emocional.

Mesmo diante da ordem judicial autorizando o embarque do animal junto à tutora, a empresa manteve sua posição e ofereceu como alternativa o transporte no compartimento de bagagens, proposta rejeitada pela família.


O que diz a empresa?

Em nota, a TAP disse que levou em consideração a segurança dos passageiros e da tripulação na decisão.

“Devido a uma ordem judicial de autoridades brasileiras, que violaria o Manual de Operações de Voo da TAP Air Portugal, aprovado pelas autoridades competentes portuguesas, e que colocaria em risco a segurança a bordo, lamentamos informar que fomos obrigados a cancelar o voo TP74.

Este cancelamento foi devido a obrigação judicial de transporte em cabine de animal que não cumpre com a regulamentação aérea acima mencionada.

Foram dadas alternativas de transporte para o animal, que não foram aceitas pelo tutor.

Informamos ainda, que a pessoa que necessita de acompanhamento do referido animal não realizaria a viagem neste voo. Sendo o animal acompanhado por passageira que não necessita do referido serviço.

A TAP lamenta a situação, que lhe é totalmente alheia, mas reforçamos que jamais poremos em risco a segurança dos nossos passageiros, nem mesmo por ordem judicial”.