segunda-feira, 19 de maio de 2025

PL admite abrir mão de indicação de vice de Bacellar em nome de coligação para 2026


Principal fiador da candidatura de Rodrigo Bacellar ao Palácio Guanabara, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, cogita abrir mão da indicação do vice ao governo em nome de ter os dois candidatos ao Senado no ano que vem. O posto poderia caber a partidos de centro-direita que apoiem Castro e Flávio Bolsonaro, como o MDB ou o Republicanos. Embora o desejo inicial fosse indicar o vice, há o entendimento interno de que é preciso compor.


Ao ceder o vice, a legenda do bolsonarismo conseguiria frear iniciativas como a de Washington Reis, que se arvora para ser candidato. Bolsonaro não se mostra contrário à possibilidade de composição, já que declara ter como prioridade candidaturas ao Congresso, onde deve criar uma grande frente de oposição, caso o espectro da centro-direita não saia vitorioso. De qualquer forma, ele pretende criar uma frente de embates com ministros do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Planos ousados

Dono de uma bancada atual de oito deputados federais, o PL trabalha para eleger até 16 em 2026. Sim, a meta é dobrar de tamanho na Câmara Federal e manter os três senadores do Rio. Para isto, o partido conta com um trunfo que nunca teve para as eleições à Câmara: o vereador mais votado da história do Rio, Carlos Bolsonaro, será o grande puxador de votos da legenda no ano que vem. O filho 02 de Bolsonaro vai ser candidato a deputado federal depois de emendar votações recorde à Câmara municipal.



Além de ter Carlos como puxador, o partido da família Bolsonaro terá palanques nas maiores cidades do estado e uma coligação de centro-direita poderosa, com palanques espalhados pelos maiores municípios. O trabalho do partido, coordenado no Rio pelo vice-presidente do Congresso, Altineu Cortes, ainda tentará eleger os dois senadores do estado, Flávio Bolsonaro, que já está na Casa Alta, e o governador Cláudio Castro, que projeta ter expediente em Brasília. Se tudo der certo, eles se juntarão a Romário na trinca de senadores do Rio.


A coligação de centro-direita terá o apoio do União Brasil, que deve ser representado por Rodrigo Bacellar ao governo, e tenta atrair partidos como o MDB e o Republicanos. Para construir uma nominata forte, os principais municípios terão candidatos apoiados pelos prefeitos locais e é possível que personalidades e influencers do Rio, como a funkeira Jojô Toddynho, sejam escalados.

Bolsonaro, é claro, será figura decisiva, levantando os valores da direita e pedindo votos para os correligionários.