Os moradores e comerciantes seguem reclamando do abandono do Coreto no Jardim do Liceu, em Campos. A problemática já acontece há anos e o abandono impacta na segurança pública, segundo reclamações. No local, a equipe de reportagem da Folha flagrou fezes, urina e um cheiro nada agradável. O tapume no entorno do coreto, no entanto, estava aberto.
Segundo as reclamações, pessoas deixam de frequentar o local por medo e outros transtornos. Para Luis Rangel, taxista da área, o problema não é de hoje.
"Há tempo venho falando e denunciando, mas a situação segue na mesma, de abandono e servindo para tirar a nossa paz", explicou.
Rose Liberador, comerciante da área e moradora de uma rua próxima do local, a problemática faz com que o faturamento diminua.
"Principalmente pra gente que é comerciante aqui em volta, é horrível, é muita sujeira, muito abandono. Os moradores de rua não respeitam a gente e fica um negócio feio, chato. Eu acho que deveria ter mais um pouquinho de cuidado e mais um pouquinho de respeito. O morador de rua fica ali em cima, cena de sexo, briga, criança vê tudo também. Uma praça tão bonita e abandonada. Os problemas impactam no movimento (...) O pessoal logo sai e interfere muito nas vendas. O coreto serve de abrigo para esses pedintes. A situação não é das melhores", enfatizou.
Já para o estudante Douglas Carvalho Heitor, de 18 anos, há um descuido no local."Fica muito descuidado, não tem ninguém, não tem nenhum vigilante. Acaba ocorrendo perigo para as pessoas que vão ali na pracinha, por exemplo, alunos, as crianças que vêm aqui. Usuários de drogas são vistos, além do risco de um roubo, dá medo", enfatizou.
A Prefeitura informou, em nota, que a Secretaria de Ordem Pública tem feito incursões periódicas no local e que a mais recente aconteceu nessa quarta-feira (21).
O Coreto é um patrimônio tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). A Folha segue tentando contato com o órgão para saber o que está sendo feito para melhorias do patrimônio.
