No ano de celebração dos 200 anos de nascimento de D. Pedro II e da 12 ª Bienal do Livro de Campos, a data irá passar em branco no evento.
A programação não terá como tema os 200 anos de nascimento do Imperador. Mesmo tendo a escritora Mary Del Priore, como convidada no sábado(07/01), às 20h com o tema: " Brasil inventa romances ou os romances inventam o Brasil".
Mary é autora de vários livros que tratam do tema "Família Imperial Brasileira", sendo o mais recente Segredos de uma Família Imperial de 2024, O Castelo de Papel, O Príncipe Maldito, Condessa de Barral, entre outros títulos.
Bicentenário de nascimento do Imperador D. Pedro II
D. Pedro II, nascido em 2 de dezembro de 1825, era filho do primeiro imperador do Brasil, D. Pedro I, e da imperatriz D. Leopoldina. Seu nome completo era Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga.
A crise política sucessória em Portugal, somada à insatisfação interna, foi determinante para que D. Pedro I retornasse a Portugal e abdicasse do trono brasileiro em favor de seu filho, que na época tinha cerca de 6 anos. Como D. Pedro II ainda era muito jovem, iniciou-se o período da Regência Trina Provisória até que atingisse a maioridade e pudesse ser coroado. Isso aconteceu em 1841, na Capela Imperial, no Rio de Janeiro, tornando-se então o segundo imperador do Brasil.
D. Pedro II foi um grande apoiador das artes e das ciências, enfrentando também desafios políticos internos e externos. Seu reinado perdurou até 1889, quando, com a Proclamação da República, ele foi deposto.
Datas das visitas a Campos
No dia 20 de março de 1847, Pedro II embarcou com sua comitiva no Rio de Janeiro, no navio a vapor “São Salvador”, rumo ao Norte da Província. Há relatos que ela parou em Macaé para uma visita. De lá, seguiu para Campos de barco pelo canal Campos-Macaé. Um dos objetivos foi conhecer a grande obra de engenharia do recém-construído canal. Ele teria descido nas terras da Usina do Queimado, no dia 25 de março. A visita do imperador a Campos dos Goytacazes se estendeu a São João da Barra e a São Fidélis, em deslocamentos de barco pelo Rio Paraíba do Sul. Esta temporada durou 41 dias.
Antes de regressar ao Rio de Janeiro, no dia 15 de abril de 1847, Pedro II participou de diversas solenidades, jantares, missas, bailes e festas. Nos documentos, constam que integrantes da Lyra de Apollo, banda histórica de Campos, participaram dos festejos musicais. O imperador foi hospedado pelos barões de Muriaé, no antigo solar onde hoje funciona a sede do Corpo de Bombeiros; e na região de Sapucaia, no prédio do Solar da Baronesa, pertencente à Academia Brasileira de Letras, na atualidade.
Nas visitas seguintes, Pedro II veio acompanhado da esposa, a imperatriz Tereza Cristina. A segunda vinda a Campos se deu em 13 de junho de 1875, para o lançamento da pedra fundamental da estrada ferroviária Campos-Carangola. Ele passou pela fazenda da Usina do Limão, no distrito de Goytacazes; e pela Fazenda do Colégio, no distrito de Tócos.
Documentos registram que a terceira visita de Pedro II a Campos aconteceu em 22 e 23 de novembro de 1878, para a inauguração da Usina de Barcelos. A última vinda do imperador à cidade aconteceu no dia 24 de junho de 1883 para a inauguração da luz elétrica. Campos é pioneira na América Latina a contar com esse tipo de serviço. Pedro II e sua comitiva teriam embarcado no dia 22 em Porto das Caixas, em Itaboraí, parado em alguns lugares, antes de cumprirem compromissos em Campos.