A Índia lançou uma operação militar contra o Paquistão, em uma grande escalada de tensões entre os dois países vizinhos com armas nucleares.
Os ataques com mísseis na manhã desta quarta-feira (7), no horário local, tiveram como alvo “infraestrutura terrorista” no Paquistão e na Caxemira administrada pelo Paquistão, segundo a Índia.
O Paquistão negou a alegação, afirmando que o ataque feriu principalmente civis – matando pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, e ferindo pelo menos uma dúzia.
O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, disse que o país tinha o direito de responder ao que ele descreveu como um “ato de guerra”, acrescentando que “uma resposta adequada está sendo dada”.
A Caxemira é um dos pontos de conflito mais perigosos do mundo e é controlada em parte pela Índia e pelo Paquistão, mas ambos os países a reivindicam integralmente.
As relações entre a Índia e o Paquistão pioraram nas últimas semanas após um ataque mortal de homens armados que assassinaram 26 pessoas, a maioria turistas indianos, na Caxemira.
A Índia acusa o Paquistão de abrigar grupos militantes que realizam ataques na fronteira, uma acusação que Islamabad nega, e prometeu retaliar contra aqueles que considera responsáveis.
“Essas medidas ocorrem na sequência do bárbaro ataque terrorista de Pahalgam, no qual 25 indianos e um cidadão nepalês foram assassinados”, disse o Ministério da Defesa da Índia em um comunicado, referindo-se a um ataque no mês passado a turistas na Caxemira administrada pela Índia.
“Nossas ações foram focadas, comedidas e não escalonadas por natureza. Nenhuma instalação militar paquistanesa foi alvo. A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução”, acrescentou o comunicado.
A Índia disse que nove locais no total foram alvos.
Várias fortes explosões foram ouvidas na Caxemira administrada pelo Paquistão, de acordo com um jornalista da CNN.
Os militares do Paquistão disseram que a Índia atacou com mísseis.