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| (Foto: Campos em Foco) |
Peritos da Polícia Civil estiveram nesta quinta-feira (15) na Avenida Alberto Torres, Parque Leopoldina, no local em que foi atropelado e morto o montador Filipe Bueno, na madrugada do último domingo. O rapaz foi levado para o Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu. Ele foi sepultado na segunda-feira (12). O motorista não prestou socorro, mas se apresentou na delegacia na última terça-feira (13). Disse que estava sob efeitos de remédios para dormir, mas que não se lembrava do que havia acontecido. A delegada Natália Patrão ouviu testemunhas e teve acesso a imagens de câmeras de segurança. Ela afirma que o motorista mentiu em seu depoimento.
A delegada Natália Patrão explicou que a explicação do autor do atropelamento que compareceu à delegacia é mentirosa. Ele havia contado à polícia que estava completamente dopado de remédios para dormir em razão de um problema que tinha em casa. Disse que sentiu uma colisão, mas não sabia o que aconteceu.
“Ele contou que chegou em casa, dormiu, apagou. Foi acordar no outro dia, e um amigo telefonou para ele afirmando que reconheceu o carro dele nas redes sociais. O motorista olhou o carro e viu que estava batido, mas que não se lembrava de nada em razão dos remédios que tinha tomado”.
Nesta quinta-feira (15), a delegada ouviu o depoimento do policial que esteve no local no dia do acidente. O policial reconheceu o autor do crime.
“Disse que o motorista voltou para o local, fez contato com ele e com o bombeiro, perguntou o que tinha acontecido, fingindo que não sabia de nada, e que aparentava estar fora das situações normais de conduta. O policial não soube dizer se o motorista estava embriagado ou sob efeito de drogas, mas tinha uma fala adulterada e o rosto diferente do normal. Ele estava de bicicleta e ficou por cerca de 15 minutos. Ficou perguntando e conversando sobre o que estava acontecendo”, disse a delegada sobre relato do policial.
A polícia colheu imagens de câmeras de segurança próximas ao local do crime. Depois colheu novas imagens posteriores ao momento do crime.
“Tivemos a certeza que o autor do crime retornou ao local de bicicleta com uma mulher que será intimada e ouvida. Isso demonstrou que a versão que o motorista deu é mentirosa. Ele sabia as condições e a velocidade que trafegava, a contramão que ele conduzia, pois mora perto do local. Não tem por que a versão que deu prosperar”, afirmou Natália Patrão.
O homem deve ser indiciado por homicídio doloso, ato criminoso em que alguém tem a intenção de matar outro indivíduo, tendo plena consciência de que sua ação pode tirar a vida de outra pessoa.
Um irmão da vítima que preferiu não se identificar disse que a família acompanha a investigação policial, espera justiça e punição para o culpado.
fonte: Terceira Via
