O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) divulgou nessa quarta-feira (30), dados de visitação dos museus de todo o país, coletados por meio do Formulário de Visitação Anual (FVA). Foram 893 instituições que informaram ao FVA 2023 contar público, o que resultou no quantitativo total de 27.478.512 visitantes. Dentre as instituições, 449 estão localizadas no Sudeste, e 98 no Rio de Janeiro.
O Museu Imperial de Petrópolis é uma das instituições museológicas vinculadas ao Ibram, e contabilizou 323.633 visitantes em 2023, número acima dos anos anteriores desde a pandemia, uma vez que 2022 registrou 204.862. A influencia da pandemia é clara, uma vez que o museu ficou fechado de março de 2020 a janeiro de 2021. Após isso, o número de visitantes vem crescendo, mas de forma devagar.
Em 2019, o Museu Imperial atingiu seu recorde histórico de público, de acordo com o Ibram, com um total de 446.932 pessoas, entre visitantes, participantes de eventos e pesquisadores presenciais. O número de visitantes sozinho foi de 392.753.
Aos pesquisadores, o Arquivo Histórico do Museu Imperial é de grande interesse, pois conta com cerca de 250 mil documentos, além da Biblioteca, muito usada para pesquisas e possui um acervo de 60 mil títulos de história do Brasil, biografia e artes. O museu realiza também eventos para atrair o público. Além disso, há excursões escolares, que são um meio importante do museu de obter mais visitas. Em 2023, foram 46.357 estudantes.
Em 2024, o Museu já registrou 206.150 visitas até o mês de agosto, sendo 42.752 delas apenas em julho, que é o mês de maior movimento no museu em todos os anos desde 2016, quando começaram a publicar os dados mensais das visitas. Entre janeiro e agosto, o número de visitantes está bem parecido com 2023, e, se seguir dessa forma, o resultado de 2024 deve ser acima dos 300 mil novamente.
Os dados foram tirados do Ibram, e do Observatório Regional de Turismo de Petrópolis, que tem como objetivo monitorar o fluxo turístico do município e Região Serra Verde Imperial, produzir e divulgar regularmente informações e indicadores estatísticos da atividade turística, promover a atualização do Inventário da Oferta Turística, realizar pesquisas para conhecer o perfil da demanda turística, além de avaliar os impactos econômicos, ambientais e sociais sobre a cadeia produtiva do turismo.
O formulário foi estabelecido pelo Estatuto de Museus e pelo Decreto n° 8.124/2013 (artigo 4°, inciso VIII), como um instrumento importante para a coleta de informações sobre a visitação nos museus, que servem de estratégias para o planejamento de ações e metas estabelecidas em políticas públicas e para o desenvolvimento do setor museológico.