sábado, 19 de outubro de 2024

Movimento negro se une contra ministra Anielle Franco


 Um grupo de dez entidades do movimento negro enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva com críticas à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A mensagem destaca preocupações com a atuação da pasta e critica o “apagamento da participação social” na formulação da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial. 


 Entre os signatários estão a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e a Coordenação Nacional de Entidades Negras. Estas fazem parte da Convergência Negra, originada na Bahia. Sobre o caso, o ministério afirmou que recuperou e estruturou políticas históricas com ampla participação social em quase dois anos de atuação. 

Reclamações do movimento negro sobre atuação de Anielle Franco

 A Convergência Negra reclama de atrasos na ampliação de cotas para a 5ª Conferência Nacional de Igualdade Racial, convocada para período de 25 a 29 julho de 2025, e para a atualização do Plano Nacional. Critica ainda a falta de investimento em políticas para quilombolas, além de ausência de comunicação antirracista. O grupo pede uma mesa tripartite para ajustar políticas raciais. 


O documento também denuncia demissões de lideranças do movimento negro, como Yuri Silva, ex-secretário do Sinapir, que exonerado em 7 de outubro. A carta teve como destinatários vicepresidente Geraldo Alckmin e aos ministros Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (SecretariaGeral da Presidência) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). 

Ministério responde às críticas e destaca ações 

O Ministério justificou a alteração da data da Conferência Nacional como parte da estruturação inicial do ministério e para respeitar regras eleitorais. Informou ainda que o Plano de Comunicação Antirracista será lançado em novembro, depois de discussões com movimentos sociais. Sobre as demissões, a pasta afirmou que a ministra tem prerrogativa, e buscou diálogo. O ministério destacou ações com comunidades quilombolas, incluindo a titulação de 65 territórios entre 2023 e 2024








As informações são do portal UOL.