(Fotos: Josh) |
Mais de um ano e quatro meses após a Prefeitura publicar em Diário Oficial a disponibilidade de R$ 9 milhões para reformar o Shopping Estrada, o terminal rodoviário segue com o mesmo cenário: várias reclamações pela estrutura e sem prazo para a reestruturação acontecer. Em abril, o governo municipal alegou que o processo licitatório estava parado no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ).
A reportagem visitou, na última semana, a rodoviária, que disponibiliza passagens para a Região dos Lagos, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e até Bahia. As principais queixas dos usuários gira em torno de problemas na estrutura metálica do teto e banheiros.
Mariana Nagib usa o terminal com frequência há 15 anos. Atualmente, faz o trajeto de ida e volta entre Campos e Rio das Ostras duas vezes por semana. Ela comenta que em dias de chuva utilizar o local se torna um transtorno.
“Quando está chovendo na cidade, chove a rodoviária inteira, fica tudo alagado. Fica caótico frequentar o terminal em dias assim”, destaca Mariana.
Insatisfação | Banheiros da rodoviária são alvos de queixas
As condições dos banheiros são criticadas pela comerciante Tatiana Alves. “Trabalho aqui desde 2005 e a situação está pior a cada dia que passa. Os banheiros femininos estão horrorosos. Sem falar, que quando chove, molha tudo aqui, e isso prejudica a gente. Seguimos aguardando por uma reforma”, comenta.
Licitação que se arrasta
A Prefeitura anunciou a reforma do Shopping Estrada em 31 de março de 2023, com uma publicação no Diário Oficial, dando conta da disponibilidade de quase R$ 9 milhões. A licitação chegou a ser marcada para 9 de maio do mesmo ano, mas foi adiada, segundo o município, por conta de adequações das cláusulas do edital. O fato se repetiu em julho de 2023.
Depois, a licitação chegou a ser reagendada para 27 de outubro, já com valor estimado em R$ 9.545.023,69. Porém até hoje a obra não saiu do papel.
Em abril deste ano, o Jornal questionou o governo municipal, que, através do Setor Jurídico da Secretaria de Obras e Infraestrutura, afirmou que o processo licitatório tramitava no TCE-RJ e poderia ser encaminhado para apreciação de órgão especial do Ministério Público.
Questionamos novamente à Prefeitura, e também ao TCE-RJ sobre o andamento do caso, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
Fonte: Terceira Via