sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Mar volta a invadir residências no Pontal de Atafona , em SJB

(Arquivo - Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)

As barreiras com morrinhos de areia levantados pela Defesa Civil de São João da Barra não são suficientes para conter a força do mar, que neste mês de novembro tem tirado o sossego dos moradores da Baixada, em Atafona, na região de acesso ao antigo Pontal. Nesta quinta-feira (02), a água invadiu residências e causou pontos de alagamentos na rua. De acordo com a Defesa Civil, que tem atuado no local, não há ressaca, mas o vento forte deixa o mar revolto, jogando água em algumas casas. São quase 20 casas de moradores de Atafona ameaçadas ao mesmo tempo pelo mar. Não há perspectiva concreta de nenhum projeto de contenção, ao menos até o momento.

(Fotos: Parahybano)

A situação está sob controle, segundo o coordenador da Defesa Civil sanjoanense, Marco Antônio Ribeiro. Ele lembrou que a Marinha emitiu um alerta de vento forte até sábado (04) para a região. “A Defesa Civil está desde 14h no local. Está tudo controlado, não há desabrigados nem desalojados. E permanece no local porque tem previsão de maré de 1,70 m para 2h da madrugada (desta sexta-feira, 03). Se o vento estiver calmo essa maré não vai dar problema, mas se tiver vento forte, sim”, contou.

Embora para a Defesa Civil a situação esteja controlada, não é essa a sensação dos moradores. Em contato com a redação da Folha, a jovem Ingrid Moreira relatou que a realidade é de sofrimento para os moradores da Baixada. “A barreira que a Defesa Civil fez, o mar levou. Nossas casas estão alagadas desde a madrugada. Algumas estão com água até o joelho”, contou. Na edição do último sábado, a Folha trouxa mais uma matéria sobre o avanço do mar em Atafona. Apesar de o problema ser persistente na comunidade desde os anos 1950, a Prefeitura informou que ainda estuda a elaboração de um projeto para construção de casas para as famílias afetadas pelo avanço do mar. Existem também três projetos de contenção, mas as conversas com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) não avança.


No próximo dia 7, será realizada uma reunião da Câmara Técnica de Erosão Costeira do Conselho Municipal de Meio Ambiente. A Prefeitura informou que “será encaminhado um documento elaborado na reunião para retomar o diálogo com o Inea”. 






Fonte: Blog Arnaldo Neto